Prisão de Silvinei golpeia projeto extremista e fecha cerco a Bolsonaro

O ex-dirigente da PRF utilizou sua posição para semear a desordem durante o período eleitoral

Silvinei Vasque e Jair Bolsonaro | Divulgação/PRF
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A detenção de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Nacional (PRF), representa a incursão nos bastidores do símbolo máximo da implementação do projeto extremista liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), culminando na captura das estruturas estatais.

O ex-dirigente utilizou sua posição para semear a desordem durante o período eleitoral. No segundo turno das eleições, ele desafiou a autoridade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao ordenar a instalação de bloqueios nas rodovias. O intento subjacente era criar dificuldades no Nordeste, visando à elevação da abstenção e à supressão do voto dos apoiadores de Lula.

Tal estratégia apenas encontrou obstáculos graças à intervenção do ministro Alexandre de Moraes, que ameaçou prender o então diretor da PRF por desobediência a uma ordem judicial.

Após a derrota eleitoral de Bolsonaro, Vasques optou por ignorar os bloqueios ilegais protagonizados por caminhoneiros alinhados ao bolsonarismo. A meta era paralisar o país e provocar uma intervenção das Forças Armadas.

Coleta de votos

Durante o período de campanha, o líder da PRF assumiu papéis tanto de agente policial quanto de cabo eleitoral. Vestindo a farda e exibindo o distintivo, fez apelos de voto a favor de Bolsonaro. Por essa razão, já estava sendo processado em uma ação de improbidade administrativa movida no ano anterior.

Seu mandato também ficou marcado por incidentes de brutalidade. No caso mais notório, agentes da PRF torturaram e assassinaram um indivíduo no interior de Sergipe, utilizando o compartimento de bagagem da viatura como uma câmara de gás improvisada.

Apesar desse histórico conturbado, Vasques foi recompensado por sua lealdade ao projeto bolsonarista. Às vésperas do Natal de 2022, aposentou-se com vencimentos integrais, antecipadamente e antes de atingir a idade de 50 anos.

A prisão do ex-diretor da PRF contribui para intensificar a pressão sobre Bolsonaro. Ele agora se une a Mauro Cid e Anderson Torres na lista de aliados do ex-presidente que enfrentaram detenção por tentativas de minar a democracia.

Saiba mais em: Meionorte.com



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