TSE rejeita ação de Bolsonaro que pedia cassação e inelegibilidade de Lula

A ação contra o petista foi apresentada pela coligação de Bolsonaro à reeleição, derrotada no ano passado pela de Lula

TSE rejeita ação de Bolsonaro que pedia cassação e inelegibilidade de Lula | Antonio Augusto/TSE
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Nesta quinta-feira (19), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade rejeitar a primeira das duas ações eleitorais que estavam em julgamento contra a campanha presidencial de Lula (PT) no ano passado. Essa ação havia sido apresentada pela coligação de Bolsonaro, que buscava a reeleição e que foi derrotada por Lula.

A coligação bolsonarista alegava que a campanha de Lula havia utilizado propaganda paga na internet para distorcer a verdade sobre as condenações do presidente na Operação Lava Jato e para ocultar informações que não fossem politicamente convenientes do ponto de vista eleitoral.

A ação argumenta que, ao pesquisar durante as eleições as palavras-chave "Lula condenação", "Lula Tríplex" e "Lula corrupção PT", o Google dava como resultado uma página com anúncios pagos pela coligação do petista, que diziam que ele foi perseguido e absolvido.

"Não foi demonstrada a 'ocultação de páginas' por 'conveniência eleitoral'. Não foi demonstrado que o conteúdo de destino 'falseava a verdade'. Não foi demonstrado que a contratação do anúncio foi capaz de alterar o padrão de funcionamento do Google Ads", disse o corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, ao ler seu voto nesta quinta-feira. "Fato é que os investigantes [chapa de Bolsonaro] nunca estiveram próximos de comprovar a alegada manipulação do eleitorado."

Antes da exposição do voto do ministro Benedito, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, já havia se posicionado a favor do arquivamento das solicitações. Nessa sessão, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está avaliando as chamadas Aijes (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) relacionadas a Lula, que são processos destinados a prevenir condutas que possam prejudicar a equidade da competição nas eleições. Estas ações judiciais têm o potencial de resultar na cassação de mandatos e na inelegibilidade de candidatos. 

Na peça que foi apresentada contra Lula, o advogado da chapa de Bolsonaro, Tarcísio Vieira, diz que "o fato contra o qual se insurge, nesta oportunidade, é a utilização de propaganda paga na internet, promovida com a intenção de ocultar e/ou falsear a verdade acerca das condenações sofridas".

"A propaganda paga serve para omitir outras páginas que não eleitoralmente convenientes, expondo o eleitor à propaganda eleitoral em contexto diverso daquele legalmente permitido", acrescenta, afirmando ainda que os resultados poderiam enganar "eleitores mais simples", que buscariam informação isenta. A rejeição da ação contra Lula pelo TSE foi unânime. O tribunal ainda julgará uma segunda ação da campanha de Bolsonaro contra o presidente.

(Com informações da FolhaPress - José Marques)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES