Caso Wesley: “Familiares não falaram sobre o profeta”, informa Luccy Keiko

De acordo com o delegado, no início das investigações a família chegou a dizer em depoimento para a polícia, que o menino tinha sido morto após ter caído em um poço.

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O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, falou em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte na manhã desta quarta-feira, 23 de fevereiro, sobre o caso do bebê Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses, que foi morto após ter sido queimado durante um ritual realizado pela família a mando de um suposto profeta na zona rural de Teresina. 

De acordo com o delegado, no início das investigações a família chegou a dizer em depoimento para a polícia, que o menino tinha sido morto após ter caído em um poço. “Desde a narrativa inicial você percebia claramente que essa versão não se sustentava e a partir daí começaram as informações conflitantes por parte desses familiares, do pai, da mãe, dos avós paternos. A mãe da criança chegou até indicar o local onde supostamente essa criança teria caído em um poço levando o Corpo de Bombeiros a fazer uma escavação no local”, informou.

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Wesley Carvalho foi morto após ter sido queimado durante ritual - Foto: Reprodução

Luccy Keiko disse ainda que só depois da prisão dos acusados, os envolvidos começaram a dar depoimentos semelhantes sobre o caso. “Quando nós percebemos realmente que estavam mentindo o tempo todo, tentando atrapalhar o trabalho da polícia, nós resolvemos logo partir para as prisões e ainda no final de semana nós representamos pela prisões temporárias que teve o parecer favorável pelo Ministério Público e foram decretadas pelo juiz da Central de Inquéritos, cumprimos esses mandados na segunda e a partir dessas prisões o pai e a mãe começaram a apresentar versões mais semelhantes entre um e outro e falaram sobre esse jejum de quase 14 dias que a criança teria falecido. Eles informaram que resolveram cremá-la, levando até os fundos da residência. Colocaram uns galhos de árvore e botaram a criança em cima e cremaram”, disse. 

Ainda nas oitivas eles não mencionaram essa questão de outras pessoas estarem envolvidas nesse ritual. Em depoimento para a polícia eles não falaram sobre esse suposto profeta, falaram apenas do jejum que a criança teria sido submetida, mas não falaram do profeta. Por isso que nós optamos por pedir a prisão temporária de 30 dias, porque nos sabíamos que iríamos precisar do trabalho da perícia no local. O que a gente tinha de informações iniciais é de que a família frequentava uma determinada igreja na região e começaram a apresentar um comportamento estranho na igreja e simplesmente saíram de forma abrupta. O pastor dessa igreja ainda tentou visitá-los para tentar saber o que estava acontecendo, mas eles se fecharam para essa igreja”, relatou.

O delegado geral informou ainda que será um trabalho complexo o processo de tentar encontrar os vestígios do corpo do bebê. “O pai da criança levou os policiais até o local onde teria supostamente cremado, lá os policiais verificaram vestígios de cinzas, nós mandamos ontem a perícia no local, foi feita uma varredura se havia DNA humano. Essa situação é complexa, nós temos que nos preparar muito bem para a investigação, uma criança tem um corpo bem mais frágil, estava desnutrida, ela foi cremada em dezembro, houve chuva, vários aspectos naturais que podem contribuir para que o local fique inidôneo. Nós estamos nos preparando para que a gente chegue ao final com clareza. A qualquer momento novas prisões podem acontecer nesse caso”, finalizou.

Delegado Luccy Keiko informou que novas prisões sobre o caso podem acontecer - Foto: Reprodução



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