José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Aos 70 anos, Petrobras volta a investir e busca energia renováveis

Estatal voltou a fazer expressivos investimentos, com especial atenção ao desenvolvimento científico e tecnológico

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Este 03 de outubro marca os 70 anos de fundação da maior estatal brasileira, a Petrobras, criada nesta data, em 1953, como fruto do movimento histórico desencadeado por todo o Brasil sob o slogan “O Petróleo É Nosso”. Foi, de fato, o ponta pé no processo de desenvolvimento econômico do país, transformando-se na maior empresa nacional e uma das mais importantes petrolíferas do mundo, com avanços extraordinários e marcas significativas, como a exploração de petróleo em alto mar e a descoberta das camadas de gás e óleo no pré-sal.

Na sua trajetória, a Petrobraspor sua estratégia, geopolítica, segurança energética nacional, produção científica , tecnológica de altíssima qualidade, transformação social, geração de empresas satélites e influência econômica, tornou-se um orgulho brasileiro e foi decisiva para colocar o Brasil aos olhos do mundo. O polígono do pré-sal, que abrange as bacias de Campos (RJ), Santos (SP), Espírito Santo e alcança Paraná e Santa Catarina, além de revelar desenvolvimento científico e tecnológico da companhia, colocou, contrariamente aos que os brasileiros esperavam, a Petrobras no olho do furacão, passando a ser vista por grandes potências como algo a ser combatido.

Sabe-se que o petróleo ainda permanece como o bem natural mais disputado do planeta. Daí ter o mundo presenciado, ao longo da história, uma enorme disputa promovida pelas grandes potências econômicas e militares, para terem domínio sobre reservas de gás e óleo existentes ao redor do mundo, em diferentes partes da terra. Essa ganância em torno da dominação do petróleo gerou diversos golpes de estado contra regimes legitimamente instalados, invasões armadas a diversos países, e guerras arquitetadas, sobretudo no Oriente Médio. Milhares de pessoas perderam a vida em nome do chamado ouro negro.

No Brasil, pelo tamanho e importância do país, não chegaram a promover invasão militar, ou promover guerra aberta, por ser isso desproporcional e descabido. Mas, às escuras, nos subterrâneos, armaram uma trama cruel contra a maior estatal brasileira, exatamente logo após o mundo tomar conhecimento de que a Petrobras, com a descoberta dos campos do Pré-Sal, se tornaria ainda mais potente, cada vez mais autônoma e expressiva no abastecimento mundial. 

CAMPANHA DE DESCRÉDITO 

O Brasil conhece muito bem o que foi feito contra a Petrobras. Entre 2016 e 2022, a maior estatal brasileira passou seis duros anos sob ataque de setores ultra liberais, brasileiros e internacionais, sendo vítima igualmente do descaso, da omissão e de uma nítida oposição por parte dos próprios governantes brasileiros. Depois de sofrer na mídia institucional severa campanha de descrédito, de denúncias de corrupção, de tentativas de desmoralização, promovida sobretudo pela chamada (hoje condenada na própria justiça) Operação Lava-Jato, a empresa passou a ser alvo de perseguição dentro do próprio governo brasileiro. 

Uma crise que se desenrolava há um ano e meio nos porões do Palácio de Planalto chegou à ebulição em 2022, sob Bolsonaro, quando a empresa teve três presidentes em menos de um ano, levando os preços da gasolina a uma alta de 56% e do óleo diesel (motor do transporte e da economia nacional) a uma elevação de 87%. E o presidente da República e seus seguidores falavam mal da empresa, publicamente, sem qualquer limite.

CURANDO AS FERIDAS 

Sob o Governo Lula, a Petrobras está curando suas feridas. Uma das primeiras decisões do novo governo foi interromper o processo de venda de ativos da estatal, acabando uma obsessão desenfreada do ex-ministro Paulo Gudes, da Economia, que promoveu um desmonte sem tamanho na empresa, entregando patrimônios emblemáticos às mãos do capital internacional, a exemplo do que fez com a refinaria Landulpho Alves, na Bahia, vendida por um terço do preço de mercado, conforme informações de analistas do sistema petrolífero.

GASOLINA MAIS EM CONTA 

Outro ponto importante, é que os preços dos combustíveis deixaram de seguir o atrelamento ao mercado internacional, com paridade no dólar, adotando-se um desejo do Presidente Lula de “abrasileiramento” dos preços. Com isso, gasolina, diesel e gás chegam mais em conta ao bolso do consumidor, sem prejuízos para a Petrobras. Outra medida importante foram as novas regras para distribuição dos dividendos com acionistas, que passaram de 60% para 45%. Com isso, sobra dinheiro em caixa para que a Petrobras coloque, por exemplo, R$ 323 bilhões em investimentos no Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC), numa contribuição direta ao desenvolvimento nacional.

E a estatal, além de não mais entregar seu patrimônio “a preço de banana”, como seu deu recentemente, voltou a fazer expressivos investimentos, com especial atenção ao desenvolvimento científico e tecnológico. Está revitalizando os campos das bacias de Campos e Santos e até 2027 vai instalar mais 11 novas plataformas. Com recursos vindos do pré-sal, está destinando 64 bilhões de dólares em atividades de exploração e produção. Além de aumentar significativamente a produção de gás e óleo, a Petrobras decidiu investir de maneira consistente na geração de energias renováveis, numa clara contribuição à melhoria do ambiente.



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