José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Às vésperas de ver os juros caírem, Brasil fica positivo na nota da FITCH

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, com justificada razão, celebrou a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch Ratings e atribuiu esse resultado em apenas 6 meses de gestão do novo governo

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Às vésperas de ver os juros Selic baixarem pela primeira vez em quase um ano, o que é esperado para a próxima semana ( dias 01 e 02 de Agosto), quando o Copom volta a se reunir, o Brasil viu ontem mais uma sinalização positiva à  sua política econômica, com o anúncio feito pela agência de riscos Fitch de que o país foi elevado na sua avaliação, saindo da classificação BB-, para BB.

O Brasil havia sido rebaixado para essa condição de desconfiança (BB-) no ano de 2018(governo Temer), em meio à crise nas contas públicas e incapacidade, na época, de aprovar a reforma da Previdência. A importante agência de riscos considera agora, no seu comunicado, que a atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques registrados nos últimos anos, e esse novo desempenho vem acompanhado de políticas proativas, e reformas que trazem melhorias adicionais.

RESULTADO EM SEIS MESES

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, com justificada razão, celebrou a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch Ratings e atribuiu esse resultado em apenas 6 meses de gestão do novo governo, à harmonia hoje reinante entre os Poderes, e considerou que a chamada crise econômica vivida pelo país nesses últimos anos, é de fato o desdobramento de uma crise de natureza politica.

E está certo o ministro Fernando Haddad. É impossível esconder que a partir de 2013, há 10 anos, portanto, o país vem mergulhado numa crise política sem medida, que foi sendo construída nos bastidores e levada às ruas como parecendo um movimento de interesse popular, descambou na derrubada da Presidente Dilma do poder, findando na eleição de um governo de direita, que foi desastroso para a nação, levando a consequências econômicas de grandes proporções, prejudiciais ao conceito do Brasil no mundo e ao desassossego e divisão dos brasileiros.

ARTUR LIRA COMEMORA

Ao afirmar que a harmonia entre os Poderes é a saída para que o país volte a obter grau de investimento, Haddad aponta que numa nação do tamanho do Brasil, com um potencial de recursos humanos e naturais, tecnologia, agropecuária robusta e um forte parque industrial, não tem cabimento viver o que se viveu nos últimos 10 anos. No mesmo tom do ministro Fernando Haddad, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também festejou a elevação da nota do Brasil pela Fitch, colocando essa conquista na conta da política econômica do governo, com o apoio institucional do legislativo.

EXPECTATIVA DE QUEDA DA SELIC

Na volta do recesso que se deu durante o mês de julho, quando não realizou sua histórica reunião que ocorre a cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) volta a se reunir e é esperada por todos a queda na taxa Selic, que tem crescido desde agosto de 2022, e que se encontra já há cinco rodadas do comitê em 13.75%, sendo considerada a mais elevada de todo o mundo. Essa taxa escandalosa tem sido o principal entrave para aceleração do desenvolvimento e responsável pela paralização de diversas atividades econômicas.

Na contramão da harmonia que o ministro Haddad e também o presidente da Câmara Federal evidenciam para que o Brasil avance, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem feito verdadeira quebra de braço com o governo e com a quase totalidade dos setores da economia. Negando-se com veemência a baixar as taxas, sob alegação de riscos de aumento da inflação, está praticamente isolado nessa disputa. Campos Neto sustenta-se exclusivamente na “autonomia do BC”, que hoje é lei, mas vai de encontro a todos os indicadores da nossa economia, que mostram, seguidamente a cada mês, a inflação em queda, o dólar despencando, a bolsa de valores nos maiores níveis de sua história, o PIB voltando a dar sinais de elevação, o desemprego parando de cair.

Parece que, neste momento, exceto aqueles invisíveis que aumentam suas fortunas com a prevalência de juros na estratosfera, o senhor Roberto Campos só tem hoje uma companhia à altura do conhecimento público: o Tribunal de Contas da União, que abriu uma investigação preliminar sobre declarações recentes do presidente do BC, que se revelou favorável à terceirização da gestão do Banco Central .



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