José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Lula no Piauí e o urgente reforço no combate à fome no Brasil

Lula precisa de governabilidade para dar as respostas necessárias e esperadas aos que precisam da presença do Estado e a todos os que manifestaram esperança na sua volta ao poder

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O Presidente Lula volta nesta quinta-feira ao Piauí, num momento político carregado de dois significados importantes. O primeiro, refere-se às sutilezas e dificuldades com que ele próprio negocia com os chamados partidos do centro, as mexidas que precisa fazer na estrutura de poder, oferecendo a essas lideranças políticas as contrapartidas que eles exigem. E assim, satisfeitos os dois lados, seja possível tocar, no Congresso, sem maiores sobressaltos, a convivência sadia entre Governo e Parlamento, tendo-se o interesse público em primeiro plano, o mínimo que se espera do convívio democrático.

A questão está posta há tempo: Lula precisa de governabilidade, para dar as respostas necessárias e esperadas aos que precisam da presença do Estado e a todos os que manifestaram esperança na sua volta ao poder. No outro lado, os que formam Câmara e Senado, numa tradição histórica da vida política brasileira, e a quem cabe o papel de ajudá-lo a cumprir essa tarefa, querem cargos e poder. O primeiro ponto delicado dessa negociação que se arrasta há meses, diz respeito exatamente à tão discutida “reforma ministerial”, que passaria pela entrega às lideranças do Centrão, de um posto estratégico, de grande importância social e significação política, que é o Ministério do Desenvolvimento Social.

E aqui mora o segundo ponto importante dessa história: Lula teve como principal bandeira da campanha que o trouxe ao poder pela terceira vez, exatamente o combate à fome. E não o fez como simples apelo de marketing eleitoral, mas por questões íntimas, pessoais, em torno de uma questão que marca sua vida desde a infância pobre no interior de Pernambuco. Esse é um tema que sempre mexeu com sua carreira política e sua experiência de gestor público.

FOME ZERO

E foi exatamente em terras do Piauí, mais precisamente no longínquo município de Guaribas, que lançou e fez caminhar o programa Fome Zero, em seu primeiro mandato, possibilitando que poucos anos à frente a ONU e a UNESCO reconhecessem que o Brasil fora retirado do mapa da fome.

Passado o tempo, a negligência governamental, o descaso de dirigentes afastados do interesse das pessoas, sobretudo dos mais pobres, fizeram o  Brasil voltar ao Mapa da Fome no mundo, dessa vez de modo ampliado, jogando mais de 33 milhões de brasileiros à insegurança alimentar e à pobreza absoluta.

Esse segundo e delicado ponto desse assunto diz respeito à Fome em si, frente à urgência de combate-la, e a presença ao lado de Lula, do senador, deputado federal, deputado estadual, vereador, eleito quatro vezes governador do Piauí sempre no primeiro turno, o que o revela um cidadão que dedica toda sua vida ao lado bom da atividade política, fazendo isso  com humildade e olhar permanente nos que mais precisam do apoio do Estado.

RETORNO AO PIAUÍ

Certamente, na memória de Lula, nesse dia em que volta ao Piauí, estará a imagem daquele momento histórico de 3 de Fevereiro de 2003 (já passados 20 anos), em que lançou para o Brasil inteiro, na cidadezinha de Guaribas, o Programa Fome Zero, tendo ao seu lado nada menos do que Wellington Dias, que acabava de assumir seu primeiro mandato de governador.

Aos que acham que é fácil tirar das mãos de Wellington Dias esse tão importante Ministério do Desenvolvimento Social, sobretudo no momento em que lança, com a mesma finalidade, de maneira mais abrangente, o novo programa Brasil Sem Fome, é preciso pagar para ver.



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