Criança negra é chamada de cocô e pergunta à mãe se um dia vai ficar branco

Estilista filmou relato da criança e denunciou racismo contra o filho. No vídeo, o menino chora e questiona se “vai ficar branco”.

Criança negra é chamada de cocô e pergunta à mãe se um dia vai ficar branco | Divulgação
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A estilista Claudete Alphonsus usou as redes sociais para denunciar um caso de racismo sofrido pelo filho de apenas 5 anos na última sexta-feira (16), em São Paulo. Em conversa com o filho, a mulher descobre que colegas de classe o chamaram de “cocô” devido à cor da pele. Claudete filmou o diálogo com a criança e publicou nas redes.

O menino contou à mãe que havia recebido a ofensa racista, pois tem a pele “marrom”. “Cor de cocô, porque cocô é marrom. Eu sou um cocô”, afirma a criança.  Depois, o menino fala que “tem cara feia” e chora. Em outro momento, o menino pergunta para a mãe se “vai ficar branco”. 

Criança negra é chamada de cocô e pergunta à mãe se um dia vai ficar branco (Foto: Reprodução)REVOLTA

Nas redes sociais, a estilista afirmou que o filho estava cabisbaixo e desanimado para ir para a escola. Ela resolveu conversar com a criança e descobriu o que havia ocorrido.

“Foi a coisa mais dolorosa de ouvir. Senti meu coração dilacerar, partir em pedacinhos. Sofri com ele, chorei com ele, e pelo a todos que cuidem dos filhos de vocês, tomem conta do mental de seus filhos pretos, e não permitam que os machuquem”, disse. 

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Após a repercussão do caso nas redes sociais, Claudete recebeu uma série de mensagens de apoio. A estilista disse estar “fortalecida com todo o carinho, afeto e atenção”.

Claudene ainda escreveu que não suporta mais sentir essa dor, ao se referir ao ocorrido com o filho. “Ele não sabe se defender. As crianças não sabem que tá errado. Mas os pais sabem, as professoras sabem. E isso não pode se tornar rotina”, acrescentou a estilista. Por fim, Claudene disse que a ferida que abriram nela está difícil de cicatrizar.  

A mulher disse que a criança está bem, e que tem mostrado ao filho as palavras de carinho enviadas por pessoas de todo o país. “Entendi que nunca estarei só nessa luta contra a discriminação racial”, escreveu.

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