Dom Phillips e Bruno Pereira: corpos estariam amarrados em árvore

De acordo com a Univaja, eles deixaram de fazer contato no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Oeste do Amazonas.

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jornalista indigenista | Reprodução
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Atualizado às 10h28

O embaixador do Reino Unido no Brasil, Francis Vijay, declarou ao The Guardian que os corpos de Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, que era correspondente do Guardian no Brasil, foram encontrados amarrados em uma árvore. 

Ao Guardian, o cunhado de Phillips, Paul Sherwood, declarou que a embaixada passou a informação. "Ele [embaixador] disse que queria que nós soubéssemos que eles tinham encontrados dois corpos. Ele não descreveu o local e disse que ele estavam amarrados a uma árvore e que ainda não foram identificados", disse.

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Em nota, a PF negou que os corpos dos dois tenham sido encontrados:

O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e do Sr. Dom Phillips. Conforme já divulgado, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos. Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados.

Mulher de Dom Phillips diz que corpos do jornalista e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados

A mulher de Dom Philips, Alessandra Sampaio, revelou que os corpos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, que estavam desaparecidos há mais de uma semana na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, foram encontrados. A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras.  

A associação indígena que anunciou o desaparecimento dos dois também não confirmou a localização dos corpos. Segundo Alessandra, a PF lhe confirmou a localização de dois corpos, mas disse que eles ainda precisavam ser periciados. A Embaixada Britânica já havia comunicado aos irmãos de Dom Phillips que eram os corpos do jornalista e do indigenista.

Bruno e Dom tinham sido vistos pela última vez no dia 5 ao chegarem a uma localidade chamada comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

Jornalista e indigenista foram vistos pela última vez no dia 5 - Foto: Reprodução

Bruno e Phillips tinham sido vistos pela última vez quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo. No local, eles conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de “Churrasco”. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

"Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas", dizia o texto divulgado pela Univaja, na segunda-feira.

Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

Quem são Bruno Pereira e Dom Phillips

Além de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno Pereira é servidor federal licenciado da Funai. Ele também dava suporte a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari ,(Univaja) em projetos e ações pontuais.

Em nota divulgada após o desaparecimento, a Funai enfatizou que "ele não estava na região em missão institucional", porque estava "de licença para tratar de interesses particulares".

Segundo a nota da Univaja, Bruno era "experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos".

Phillips e Bruno faziam expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o The Guardian.

Phillips morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do Guardian. Ele também estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Em uma rede social, Jonathan Watts, editor do Guardian, disse, após o sumiço, que o jornal estava preocupado e procurando informações sobre o colaborador.

"O Guardian está muito preocupado e procurando urgentemente informações sobre o paradeiro de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível", escreveu Watts.



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