Desespero e vergonha: Relatos de prejudicados pela Hurb em grupo com 26 mil

Na última semana, o ex-CEO da HURB chegou a ameaçar um cliente de Mato Grosso, publicando inclusive seus dados pessoais

Relatos no Grupo do Facebook | Reprodução/Facebook
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Criado há cerca de oito anos, o Grupo Prejudicados pelo Hotel Urbano, atual Hurb, explodiu de solicitações no último mês, somente na semana passada mais de 4 mil ingressaram, chegando a 26,1 mil participantes. Na rede social Facebook, eles prometem se unir para processar a empresa, que tem acumulado polêmicas recentemente, agravadas pela divulgação de um vídeo do ex-CEO, João Ricardo Mendes, em que ele zombava de um cliente. Quem assumiu a companhia com a sua renúncia foi Otávio Brissant

Os relatos de clientes no grupo dão a tônica da gravidade, do desespero ao cancelamento de reservas em pleno voo até mesmo a vergonha do convite a amigos para a consolidação de pacotes na empresa. "Em viagem, já em Fortaleza, acabei de ser informada que o HURB cancelou minha reserva de 4 dias em Jericoacora. Processar? Com certeza, ainda mais depois desse absurdo que o presidente fez. Esta empresa precisa parar", desabafou uma das supostas prejudicadas. 

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Noutro depoimento, uma cliente do Rio de Janeiro diz que precisou alugar uma pousada por conta própria, pois a contratada não estava paga. "Comprei um pacote para Porto de Galinhas para 11 de abril semana retrasada, viajei e chegando lá minha pousada não estava paga, eu tive que alugar uma por conta própria para não ficar na rua com criança", explanou. 

Outro cliente insatisfeito relata que comprou o pacote com uma amiga que sonhava ir à Europa, e com as datas previstas indisponíveis acabou entrando em depressão. "Comprei um pacote em julho/22 para viajar com minha melhor amiga. Era um sonho dela ir pra Europa. Pagamos o pacote, preenchemos o formulário. Tudo ok para irmos em junho deste ano. Ela agendou as férias. Tudo caminhando bem. Esse mês, eu olhando o app vi que ocorreu atualização nas datas alegando indisponibilidade. Porém quando preenchemos o formulário eles aceitaram de boa. Ah, mas o pacote é flexível. Porém de acordo com eles, flexibilidade quer dizer que eles alterariam a passagem para uma data próxima a que escolhemos. Enfim. Estamos nesse impasse, minha amiga tendo crises pesadas de depressão e eu sem conseguir focar nas minhas matérias da faculdade", indicou.

O sentimento de 'vergonha' também está presente nas mensagens do Grupo Prejudicados pelo Hotel Urbano. "Tenho uma viagem com toda a família para 2024. Fiz o pagamento pelo cartão de crédito, mas minha mãe e irmã estão pagando o boleto todo mês. Com tudo o que está acontecendo estamos querendo pedir estorno. Alguém sabe se pode pedir mesmo pagando pelo boleto? Estou morrendo de vergonha, fiz toda a família embarcar nessa e ainda indiquei aos amigos", pontua outra. 

João Ricardo Mendes, ex-CEO da HURB (Foto: Divulgação)

A crise na HURB teria se iniciado durante a fase mais grave da pandemia, em que as empresas de viagens sofreram com o cancelamento e a falta de clientes; na ocasião, uma série de companhias venderam pacotes sem data espeficada, com contratos a serem cumpridos no ano subsequente, e agora têm enfrentado dificuldades para cumpri-los de acordo com a demanda. 

Na última semana, o ex-CEO da HURB chegou a ameaçar um cliente de Mato Grosso, publicando inclusive seus dados pessoais.  "Puxei sua capivara toda, não sabe nem falar seu retardado, bundão. (...) Fica satisfeito de não viajar. Tá arriscado alguém bater nessa mxxda da sua casa hoje seu otário", exclamou na ocasião. 



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