Hamas liberta novo grupo após atraso de sete horas e acusações de quebra de acordo

O segundo grupo de reféns foi liberado após mediação do Catar, uma vez que o Hamas acusou Israel de não cumprir os termos do acordo de trégua em vigor desde sexta-feira

Hamas liberta novo grupo após atraso de sete horas | Reprodução
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Depois de sete horas de atraso, 13 israelenses, sendo oito crianças, cinco mulheres, e sete estrangeiros de nacionalidades não divulgadas, foram libertados pelo Hamas neste sábado (25). A liberação faz parte do cessar-fogo estabelecido entre Isarel e o grupo terrorista palestino.

O segundo grupo de reféns foi liberado após mediação do Catar, uma vez que o Hamas acusou Israel de não cumprir os termos do acordo de trégua em vigor desde sexta-feira. O Hamas divulgou uma lista de 39 prisioneiros a serem libertados em troca, incluindo seis mulheres e 33 menores de idade. O impasse ocorreu depois que as Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, acusaram Israel de bloquear a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza. 

O grupo também questionou os critérios de seleção para a libertação dos prisioneiros palestinos, alegando que dos 340 caminhões de ajuda que entraram em Gaza desde sexta-feira, apenas 65 teriam chegado ao norte do enclave palestino, menos da metade do acordado.

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Israel ameaçou retomar as operações de guerra se o Hamas não cumprisse o acordo e libertasse os reféns até a meia-noite do sábado (19h no horário de Brasília), alegando que a demora na entrada de ajuda em Gaza ocorreu devido ao tamanho reduzido do cruzamento de Kerem Shalom, na fronteira entre Israel, Gaza e o Egito.

Após um período de espera, o Catar e o Egito, que desempenham papéis diretos no acordo entre Israel e o Hamas, em conjunto com os Estados Unidos, facilitaram as negociações. Os reféns foram finalmente entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

“Após um atraso na implementação da libertação de prisioneiros de ambos os lados, os obstáculos foram superados por meio de comunicações entre o Catar e o Egito com ambas as partes, e esta noite 39 civis palestinos serão libertados em troca da libertação de 13 detentos israelenses de Gaza, além de 7 estrangeiros fora do contexto do acordo”, afirmou o porta-voz do Catar, Majed al-Ansari, horas antes da libertação.

O hospital israelense divulgou imagens do reencontro de famílias após a libertação. Inicialmente, o grupo deveria incluir 14 israelenses em troca de 42 prisioneiros, mas a imprensa local já havia alertado anteriormente que esses números poderiam ser reduzidos devido a obstáculos nas negociações com o Hamas. Até o momento, não há informações oficiais sobre os motivos das mudanças.

Antes do comunicado do Hamas, fontes das Forças Armadas de Israel afirmaram a veículos de imprensa, como o jornal israelense Hareetz, a CNN americana e a agência AFP, que os reféns haviam sido enviados para a Cruz Vermelha (CICV), iniciando o processo de transferência. No entanto, poucos minutos depois, autoridades israelenses confirmaram à AFP que isso não havia ocorrido.

A pausa temporária das hostilidades, conquistada na quarta-feira, estipula a libertação de um total de 50 reféns israelenses, dos mais de 200 detidos em Gaza, e de 150 palestinos aprisionados em Israel. Durante esse intervalo nos confrontos, está prevista também a facilitação da entrada de ajuda humanitária e combustível em Gaza.(Com informações de O Globo)



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