Ministério da Saúde anuncia que vacina de pólio será injetável

A partir de 2024, o reforço da vacina será injetado, representando um avanço tecnológico na saúde

Vacina contra poliomielite agora será injetada, a partir de 2024 | Reprodução - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 07, que o programa de Vacina Oral Poliomielite (VOP) será substituído pela versão inativada (VIP) do imunizante a partir do ano de 2024, ou seja, a vacina contra a pólio infantil agora será feita de forma injetável. A recomendação para a nova forma do imunizante foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) nesta sexta-feira (7), durante uma live feita pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O objetivo da reunião, realizada com representantes da instituição de todas as regiões do Brasil, foi o de expor as ações do Ministério da Saúde pelo retorno das coberturas vacinais de reforço, principalmente entre as crianças. No encontro, em sua fala de abertura, Nísia alegou a importância da parceria entre o Ministério da Saúde e as sociedades científicas.

“Não foi assim nos últimos anos, mas queremos retomar a ciência e estamos trabalhando nesse sentido. A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do Governo Federal. Esse é um movimento, não uma campanha isolada, justamente pela ideia de continuidade e pelo constante monitoramento de resultados. Esse trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde, por isso estamos indo aonde estão os movimentos da sociedade”, explicou a ministra.

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Clóvis Francisco Constantino, presidente da SBP, e Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) do Ministério da Saúde, também participaram do diálogo e se posicionaram sobre a medida. Eder defendeu que o PNI foi um dos grandes responsáveis por ter mudado o nível de doenças epidemiológicas no Brasil, principalmente na área pediátrica.

O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações também explicou um pouco sobre como funcionará algumas das ações que compõem a pasta. “Vamos oferecer aos municípios um planejamento diferenciado, onde a imunização sai da unidade de saúde e vai até a pessoa que precisa ser vacinada. Também haverá transferência de recursos para estados e municípios, um recurso excepcional para ações de vacinação, coisa que o Ministério da Saúde não faz há anos. A ideia é concentrar esforços onde há maior número de não vacinados, relata.

A CTAI indicou que o Brasil começasse a adotar a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), no reforço de pessoas a partir de 15 meses de idade (1 ano e 3 meses), já que atualmente o imunizante é aplicado de forma oral. De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, a VIP (forma injetável) já é aplicada nos primeiros 2, 4 e 6 meses de vida. A partir desse conhecimento, após o período de transição da forma líquida para a injetável, que começará no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina, deverão tomar apenas uma de reforço com a VIP, aos 15 meses.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde o ano de 1989 que não se tem notificações de casos de pólio no Brasil. Apesar disso, a cobertura de vacinais contra a doença caiu sucessivamente nos últimos anos. Em todo o país, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta estimada de 95%. Por isso, toda a mobilização para que seja retomado as altas coberturas vacinais do país, para que casos da doença não voltem a acontecer, podendo gerar uma gerar uma nova epidemia.



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