Roraima escapa do apagão, mas enfrenta batalha por estabilidade energética

A razão para essa notável exceção está enraizada na peculiaridade energética do estado

Estado de Roraima | Reprodução
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Enquanto o Brasil mergulha em uma escuridão preocupante, com 25 estados e o Distrito Federal afetados por um apagão de proporções alarmantes nesta terça-feira (15), um estado se mantém resiliente e iluminado. Roraima, o ponto fora da curva, escapou ileso da onda de escuridão que tomou conta do país. A razão para essa notável exceção está enraizada na peculiaridade energética do estado.

Roraima, o único estado brasileiro desconectado do Sistema Interligado Nacional (SIN), escapou do impacto devastador que atingiu suas contrapartes interligadas. Enquanto a falha que mergulhou grande parte do país na escuridão ocorreu às 8h31, as termelétricas locais operadas pela Roraima Energia continuaram a fornecer energia ao estado, mantendo-o iluminado e funcionando.

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Roraima é o único estado brasileiro fora do apagão registrado neste dia 15 de agosto de 2023 — Foto: Reprodução

De acordo com informações, o apagão afetou quase todo o país, desencadeando um frenesi de preocupação. O Operador Nacional do Sistema (ONS) e o Ministério de Minas e Energia estão atualmente investigando a causa raiz desse colapso elétrico, que trouxe incertezas e desafios imprevistos.

"É importante destacar que a posição singular de Roraima, fora do Sistema Interligado Nacional-SIN, é o motivo pelo qual o estado permaneceu imune a esse revés", afirmou a Roraima Energia em comunicado à imprensa.

Apesar da bênção de ter evitado esse apagão nacional, Roraima não está isento de suas próprias batalhas energéticas. Quedas frequentes de energia têm sido uma realidade constante no estado, o mais recente exemplo marcante ocorreu em abril, quando Roraima ficou às escuras por um angustiante período de cinco horas.

A raiz desses desafios energéticos remonta a mais de uma década. Durante mais de 18 anos, a Venezuela foi a provedora de energia para Roraima. No entanto, esse fornecimento crucial cessou abruptamente em março de 2019, mergulhando Roraima em uma batalha crescente pela estabilidade energética. Desde então, a empresa Roraima Energia assumiu o papel de fornecedora de eletricidade para os 15 municípios do estado.

O complexo termelétrico de Roraima, composto pelas usinas de Monte Cristo (zona rural de Boa Vista), Jardim Floresta e Distrito (ambas na zona oeste) e Novo Paraíso (região sul de Caracaraí), é a âncora dessa autossuficiência energética. Com cerca de 177 mil consumidores dependentes desse sistema, a Roraima Energia se tornou uma peça vital para a estabilidade e o funcionamento contínuo do estado.

Entretanto, uma solução há muito aguardada está à vista. O linhão de Tucuruí, uma conexão de transmissão que ligará Manaus a Boa Vista, finalmente sairá do papel. Um impasse de anos deu lugar a uma ação concreta no início deste mês, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início às obras. Essa conquista não só unirá Roraima ao Sistema Interligado Nacional, mas também representará um marco na busca do estado por um suprimento de energia mais confiável e estável.

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