Chefe de milícia investigado pela polícia é morto a tiros em quiosque do Rio

O Ministério Público do Rio estava conduzindo investigações sobre a participação de Sérgio Bomba na disputa pela milícia em Sepetiba

Chefe de milícia investigado pela polícia é morto a tiros em quiosque do Rio | Reprodução
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Sérgio Rodrigues da Costa, também conhecido como Sérgio Bomba, investigado por liderar uma milícia em Sepetiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi assassinado na noite deste domingo (21) em um quiosque na orla do Recreio dos Bandeirantes. As primeiras informações indicam que ele estava acompanhado por uma mulher no estabelecimento quando um indivíduo armado se aproximou e efetuou disparos contra ele. A Delegacia de Homicídios foi acionada para realizar uma perícia no local.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio estava conduzindo investigações sobre a participação de Sérgio Bomba na disputa pela milícia em Sepetiba. Essa disputa poderia envolver Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, braço direito do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho, que foi preso no final de 2023.

Os territórios em disputa são estratégicos, pois quem assumir o comando da maior milícia do Rio controlará um faturamento anual estimado em cerca de R$ 120 milhões. Esse dinheiro é proveniente de atividades ilegais na Zona Oeste do Rio, como extorsões, venda clandestina de sinal de TV a cabo e cobranças de taxas de segurança e pedágio para permitir a circulação de vans.

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Com a prisão de Zinho, há incerteza sobre quem será o novo líder da quadrilha. No entanto, informações preliminares indicam que algumas comunidades já estariam sendo temporariamente comandadas por subordinados de Zinho, visando evitar disputas internas. Esse método é uma medida para evitar conflitos semelhantes aos ocorridos com o grupo paramilitar comandado por Danilo Dias Lima, conhecido como Danilo Tandera, que perdeu territórios para ex-aliados em Nova Iguaçu e Seropédica em 2022.

Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, seria escolhido por Zinho para ser seu novo braço armado, sucedendo o sobrinho Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus. Pipito estaria administrando territórios da milícia na Favela de Antares, em Santa Cruz, enquanto outros subordinados temporariamente gerenciam negócios em diferentes comunidades.

Informações recebidas pela polícia indicam atividades suspeitas, como a presença de milicianos armados próximo à divisa com a Zona Oeste do Rio, sugerindo possíveis movimentações estratégicas após a prisão de Zinho. Além disso, inimigos de Zinho na Baixada Fluminense, como Tubarão e Juninho Varão, também ex-aliados de Luís Antônio da Silva Braga, tornam a situação ainda mais complexa. O histórico de liderança de Zinho na milícia remonta a 2015, quando foi preso por suspeita de lavagem de dinheiro, tornando-se o chefe do maior grupo paramilitar da Zona Oeste após as mortes de seus antecessores.



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