Justiça concede habeas corpus a suspeito amarrado por PMs após furtar mercado

Em 16 de junho, o Ministério Público denunciou Robson por três crimes: furto, resistência à prisão e corrupção de menor de idade.

Juíza não vê tortura em suspeito de furto amarrado | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Justiça de São Paulo concedeu, nesta terça-feira (25), habeas corpus para Robson Rodrigo Francisco, suspeito que teve mãos e pés amarrados por policiais militares no dia 4 de junho deste ano, após ser flagrado furtando duas caixas de bombons e bebidas em um mercado na Vila Mariana junto com outro homem e um adolescente. 

O Tribunal de Justiça havia negado o pedido liminar de habeas corpus em 9 de junho. No dia 14 de junho, a Justiça também negou o pedido de revogação da prisão e de liberdade provisória. À epoca, a Juíza entendeu que "não há elementos que permitam concluir ter havido tortura, maus-tratos ou descumprimento dos direitos constitucionais assegurados ao preso".

Assista!

Além disso, a juíza levou em conta que Robson já estava em regime aberto por roubo e o relato do funcionário do estabelecimento, que acionou o “botão do pânico” na loja quando o suspeito entrou no local com outras duas pessoas, "seria conhecido por ações parecidas na região".

Leia Mais

A decisão de habeas corpus foi presidida pelo desembargador Sérgio Mazina Martins. Conforme a decisão, a soltura foi concedida com as condições previstas no artigo 319, incisos III e IV, do Código de Processo Penal. São elas: "proibição de se aproximar por qualquer meio do ofendido" e "proibição de ausentar-se da comarca sem prévia comunicação ao juízo".

A defesa do suspeito, o advogado José Luiz de Oliveira Júnior, comemorou a “vitória” de Robson Rodrigo Francisco. Segundo ele, "o que defendemos é uma prisão justa por aquilo que ele cometeu, ou seja, não é cabível prisão porque ele furtou duas caixas de chocolate”.

"O que ele cometeu é errado e nunca vamos defender o crime. O que defendemos é uma prisão justa por aquilo que ele cometeu, ou seja, não é cabível prisão porque ele furtou duas caixas de chocolate e foi arrastado como animal. O que devemos lutar é contra a barbárie, contra a tortura. Isso temos que ter uma atitude ativa. Estou muito feliz. Uma vitória para todos nós", afirmou o advogado José Luiz ao G1.

Robson Rodrigo Francisco deve ficar preso no Centro de Detenção Provisório - CDP de Pinheiros até a audiência criminal marcada para esta quinta-feira (27) por depender de uma decisão da Vara de Execuções Criminais sobre outro caso envolvendo o cliente.

ACUSADO DE TRÊS CRIMES

No dia 16 de junho deste ano, o Ministério Público de São Paulo denunciou Robson por três crimes: furto, resistência à prisão e corrupção de menor de idade. O outro réu, Ademario Bernardo, chegou a ser preso e está solto, mas também passou a ser processado por furto e corrupção de menor. O adolescente que estava com a dupla permanece internado na Fundação Casa de forma provisória.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES