Na manhã desta sexta-feira (04), o governo do Pará anunciou a implementação de um "esquema especial" para garantir a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita ao estado. Lula participará da Cúpula da Amazônia neste final de semana, mas já enfrentou duas ameaças de morte antes mesmo de chegar a Belém.
Em um dos incidentes, o fazendeiro Arilson Strapasson ameaçou, em um bar, que planejava se hospedar no mesmo hotel que Lula para atirar no presidente. Strapasson, que havia participado dos tumultos de 8 de Janeiro, foi detido pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (03).
Na segunda ameaça, um vigia de Belém supostamente compartilhou imagens que sugeriam um atentado contra o presidente. A identidade do vigia não foi divulgada, mas sua residência foi alvo de uma busca e apreensão nesta sexta. A PF também planeja interrogar o vigia, que possui uma arma devido à sua profissão.
Apesar da atmosfera tensa, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), assegurou que a segurança de Lula será garantida. A operação de segurança montada envolve a colaboração de mais de 400 agentes da PF, além de membros da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil estadual.
Barbalho afirmou que se trata de um "esquema especial para garantir a segurança não só de Lula, mas também de outros líderes internacionais". O governador descreveu as duas operações como "medidas preventivas e de conscientização". Ele esclareceu que tanto a busca e apreensão realizada quanto à prisão estão inseridas no contexto da ampla estrutura preparada para a Cúpula da Amazônia. "Estamos em estado de alerta máximo", garantiu.
Lula está se dirigindo ao local de início dos trabalhos na Cúpula. Sua primeira parada será em Parintins (AM), onde participará da cerimônia de relançamento do Programa Luz para Todos. Durante a visita, ele também inaugurará a interligação dos municípios de Itacoatiara (AM), Parintins e Juruti (PA) ao Sistema Interligado Nacional. Além disso, o evento inclui a assinatura de um decreto de interligação elétrica entre os países sul-americanos. Somente após esses compromissos, Lula seguirá para o Pará.
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