Após embate contra TSE, Valdemar aumenta próprio salário e faz apelo ao PL

Não contente com seu salário como líder do PL, Valdemar ainda recebe uma remuneração adicional como aposentadoria

Valdemar Costa Neto - presidente do PL | Reprodução
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Tendo em vista a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, de desbloquear as contas do Partido Liberal (PL) em fevereiro, uma série de desenvolvimentos internos chamou a atenção. O líder nacional da agremiação, Valdemar Costa Neto, optou por conferir um aumento considerável ao próprio salário.

De acordo com os registros de prestação de contas submetidos ao TSE pelo PL, até o começo deste ano, Valdemar auferia uma remuneração mensal líquida de R$ 24.782,34 na posição de presidente do partido. A partir de março, esse montante começou a crescer, atingindo a cifra de R$ 30.483,16 em maio, indicando um aumento de aproximadamente 23%.

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É válido relembrar que, ao encerrar 2022, as contas do PL e de outros dois partidos pertencentes à coligação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram congeladas sob ordem de Moraes. A medida foi aplicada até que uma multa de R$ 22,9 milhões, resultado de litigância de má-fé, fosse quitada.

O PL enfrentou pressão dos seguidores de Bolsonaro e empreendeu esforços para contestar, nos tribunais eleitorais, os resultados provenientes de um modelo desatualizado de urna eletrônica. Com o pagamento da multa em fevereiro, o partido recuperou o acesso aos repasses mensais do Fundo Partidário, fonte primordial de renda da legenda.

Além disso, não contente com os rendimentos líquidos de R$ 30,5 mil como líder do PL, Valdemar também recebe um valor líquido de R$ 18,3 mil como aposentadoria por seu antigo papel como deputado federal, os quais são providos pela Câmara dos Deputados.

Solicitação pessoal

Nessa segunda-feira (07), o presidente do PL reuniu a considerável bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com uma pauta de natureza "pessoal", como ele mesmo destacou perante os correligionários.

O líder partidário almeja que os 19 parlamentares da sigla endossem a indicação de Marco Bertaiolli, deputado federal pelo PSD, para a próxima vaga no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). A cadeira se abrirá no próximo mês devido à aposentadoria do conselheiro Edgard Camargo Rodrigues.

Apesar de sua associação com Gilberto Kassab, secretário estadual de Governo e líder nacional do PSD, Bertaiolli possui laços com Mogi das Cruzes, reduto eleitoral de Valdemar na Grande São Paulo. Bertaiolli já atuou como prefeito por dois mandatos nessa localidade.

Ambos os líderes partidários já costuraram um acordo nos bastidores para a indicação de Bertaiolli ao cargo. Entretanto, a aprovação dos parlamentares da Alesp é necessária, visto que cabe a eles a seleção do novo conselheiro do TCE, instituição encarregada da fiscalização das finanças do governo estadual e das administrações municipais.

Valdemar convocou a bancada do PL para uma reunião na sede do partido em São Paulo para fazer sua apelação política. Apesar de não entrar em detalhes, ele caracterizou a indicação de Bertaiolli como uma "necessidade" e trouxe o deputado do PSD ao encontro, aparentemente com o intuito de coibir qualquer oposição.

A ação de Valdemar parece ser uma tentativa de minar as chances de outros concorrentes dentro de seu próprio partido ou no círculo de apoio ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), na Alesp. Um desses concorrentes é o deputado estadual Ricardo Madalena (PL-SP), que busca consolidar sua candidatura há alguns meses.

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