O Partido Liberal (PL) já está realizando cálculos eleitorais e destravando articulações partindo do pressuposto da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. Ao consultar especialistas em marketing eleitoral, o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto observou benefícios caso essa possibilidade se torne realidade e já trabalha com a exclusão do ex-chefe do Executivo da cédula para ampliar seu reduto eleitoral.
Nos cálculos de Valdemar, com Bolsonaro fora do jogo político, o PL pode eleger um número 20% a mais de candidatos, o que não seria possível se ele ainda fosse a carta principal do segmento que defende a atividade desregrada da agropecuária e do garimpo.
Os especialistas indicaram que o partido pode levantar o discurso de que o ex-presidente foi vítima de um sistema jurídico injusto, construir a imagem de “salvador da pátria” abatido pelo partidarismo e, assim, colher sua solidariedade para emplacar vitórias nas eleições municipais de 2024. Valdemar calcula o controle de 1.500 prefeituras caso a estratégia tenha êxito. Hoje, a sigla governa 339 prefeituras. Ou seja, na visão do presidente do PL, o poder político do partido daria um salto com a inelegibilidade de Bolsonaro.
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