Após embolsar R$ 17 mi via Pix, Bolsonaro vira alvo de bloqueios e multas

O ex-presidente revelou que teve R$ 317 mil bloqueados de suas contas bancárias no mês de julho

Escândalo de arrecadação | REUTERS/Adriano Machado
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi apontado como destinatário de impressionantes R$ 17,2 milhões em transferências por meio do Pix, ocorridas entre o início de janeiro e 4 de julho deste ano. O montante, considerado "atípico", foi citado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) divulgado recentemente.

Segundo o documento, esses valores possivelmente se referem à campanha de arrecadação realizada por apoiadores de Bolsonaro para quitar multas judiciais recebidas durante seu mandato, como as penalidades aplicadas por desobedecer medidas de proteção, como o uso de máscaras, durante a pandemia de Covid-19.

Leia Mais

Ao longo da gestão, o ex-presidente teve sua conta bancária bloqueada por se recusar a pagar tais multas, que foram aplicadas por diversos municípios paulistas. Além disso, em junho deste ano, ele revelou publicamente ter sofrido bloqueios de R$ 317.047,52 e R$ 87 mil em suas contas devido ao não pagamento das punições.

O relatório também identificou que a chave Pix de Bolsonaro foi divulgada nas redes sociais de ex-ministros de seu governo e parlamentares do PL para impulsionar a campanha de arrecadação. O órgão de inteligência financeira rastreou quase 770 mil operações de Pix realizadas em seis meses, apontando as principais doações de empresários do agronegócio, da construção civil e de um escritor, entre outros.

Além das transferências para o ex-mandatário, o relatório do Coaf apontou repasses de R$ 3.600 para Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí, apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como funcionária fantasma durante o período em que Bolsonaro era deputado federal. Também foram registrados repasses para a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e uma lotérica cujos sócios são o irmão e o sobrinho do ex-presidente.

Procurada para comentar sobre as acusações e os repasses, a assessoria de comunicação e a defesa de Bolsonaro não se manifestaram até o momento.

Saiba mais em: Meionorte.com



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES