Bolsonaro está desesperançoso com julgamento e já admite inelegibilidade

O julgamento do TSE sobre o processo que envolve uma reunião com embaixadores, onde o então presidente teria tentado descredibilizar o sistema de votação no país, começa no dia 22.

Jair Bolsonaro começa a ser julgado pelo TSE na quinta (22) | Marcos Corrêa/PR
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O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ) parece já prever o resultado do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torná-lo inelegível. O líder da extrema-direita mostrou-se desesperançoso em evento no último sábado (17) em Jundiaí, interior de São Paulo. 

O processo envolve uma reunião com embaixadores no Palácio do Alvorada, em julho de 2022, na ocasião, sem apresentar provas, ele sinalizou que as urnas eletrônicas não são confiáveis, num discurso similar ao que já vinha adotando em eventos com apoiadores. O encontro com os líderes foi transmitido ao vivo pela TV Brasil, emissora estatal. 

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Bolsonaro admitiu que os indicativos não são bons para o julgamento. Nos bastidores, o Partido Liberal já trabalha nomes para substitui-lo na corrida eleitoral de 2026, tendo em vista que indiscutivelmente não há no campo da direita nenhum político com a mesma força e capacidade de mobilização que ele. 

"Obviamente não quero perder os direitos políticos. A gente quer continuar vivo contribuindo com o país. (...) Nós temos esse problema agora. Até mesmo uma condenação de inelegibilidade porque me reuni com embaixadores antes do período eleitoral. Vamos enfrentar isso no dia 22 agora. Já sabemos que os indicativos não são bons, mas eu estou tranquilo", disse.

A ação no TSE foi aberta pelo PDT, partido do campo da esquerda/centro-esquerda; na acusação, a legenda acusou Bolsonaro de propagar mentiras sobre o sistema eleitoral do país. A estimativa, seguindo posições anteriores dos ministros, é que Jair Bolsonaro se torne inelegível por uma ampla margem na Corte Eleitoral

Mesmo diante de todo o imbróglio que envolve suas falas, o líder da extrema-direita voltou a levantar dúvidas no último final de semana sobre o pleito em que foi derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

"Houve as eleições, que eu acho que todo mundo pode questionar, mas para o STF e o TSE não pode questionar. Não pode falar nada de eleições. Eu acho que pode, mas não podemos falar nada. Eu acho que é página virada", cravou.



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