Bolsonaro reúne advogados para elaborar nova estratégia para escapar do STF

A reunião ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, que é a sede do governo do Estado de São Paulo

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Alan Santos/PR
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Nessa segunda-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma reunião com seus advogados para traçar a estratégia de defesa em relação ao caso das joias sauditas. Bolsonaro é um dos principais alvos das investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) que apuram um esquema de venda ilegal de objetos de valor recebidos em missões oficiais por membros de seu governo. A reunião ocorreu pela manhã no Palácio dos Bandeirantes, que é a sede do governo do Estado de São Paulo.

O ex-presidente tem permanecido no Palácio dos Bandeirantes desde a última sexta-feira (15), após passar por duas cirurgias no hospital Vila Nova Star, localizado na zona sul da capital paulista. O convite para sua hospedagem foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com Fabio Wajngarten, advogado e porta-voz de Bolsonaro, está previsto que o ex-presidente deixe a cidade de São Paulo nesta terça-feira (19), após ser examinado pela equipe médica.

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A defesa de Bolsonaro tem buscado acessar o depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid desde o dia 11 de setembro. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de acesso. O depoimento de Cid, que foi realizado em 31 de agosto, tem gerado preocupações para o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro, sob condição de anonimato, afirmou que no Partido Liberal não há dúvidas de que mais denúncias contundentes surgirão, não apenas relacionadas ao escândalo das joias. No último sábado, 9, o tenente-coronel teve seu acordo de delação premiada homologado.

Em meio a essa e outras investigações, Bolsonaro tem conseguido manter sua base de apoiadores estável. De acordo com uma pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, 25% dos brasileiros se identificam como "bolsonaristas raiz". Por outro lado, 29% dos eleitores se definem como "petistas convictos." Isso ressalta a persistência da polarização política no Brasil, mesmo quase um ano após a eleição presidencial de 2018.

Nos nove meses desde que deixou a Presidência, Bolsonaro foi intimado seis vezes para depor perante a PF. Além disso, teve seu celular apreendido no contexto das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação e teve seus sigilos fiscal e bancário quebrados em relação à operação que envolve a venda de joias recebidas durante viagens oficiais. Nesse mesmo período, viu alguns de seus aliados mais próximos serem presos.

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