CPI revela que 1.365 pessoas com mandados de prisão doaram dinheiro para Bolsonaro

As doações foram realizadas como parte de uma campanha de vaquinha para quitar multas judiciais do ex-presidente

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Evaristo Sá/AFP
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Uma análise minuciosa realizada pela CPI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro revela que 1.365 pessoas com mandados de prisão fizeram doações totalizando R$ 27.227,06 para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento, conduzido por uma equipe de especialistas cedidos à CPI, considerou todos os registros de mandados de prisão no Banco Nacional de Monitoramento de Prisão (BNMP).

Destaca-se que um único doador fez uma contribuição única de R$ 5 mil para Bolsonaro. A análise ampla também mostrou que, entre 20 de junho e 31 de julho, Bolsonaro recebeu R$ 18.151.374,38 em 809.839 transferências via Pix, provenientes de 770.226 pessoas distintas.

Importante notar que esses dados não foram incluídos no relatório final da CPI, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e aprovado em 18 de outubro, por não serem diretamente relacionados ao tema central da investigação da comissão.

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Perfil dos doadores

O documento mostra que, dentre as 770 mil pessoas que enviaram doações à conta de Bolsonaro, quase um terço (244.927) está registrada no Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Essas 244 mil pessoas doaram um total de R$ 2.461.326,37, com 22 doadores contribuindo acima de R$ 1 mil, somando R$ 24.462,11.

Doadores com renda abaixo ou igual a dois salários-mínimos, que totalizam 150.196 pessoas, doaram R$ 1.900.448,90. Entre eles, 50 doaram acima de R$ 1 mil, resultando em R$ 58.834,00.

A análise também identificou 249 pessoas investigadas pela CPI que contribuíram financeiramente para Bolsonaro, incluindo figuras como o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o policial rodoviário federal Marcelo de Ávila.

Vaquinha sob análise

As doações, realizadas como parte de uma campanha de vaquinha para quitar multas judiciais de Bolsonaro, estão agora sob escrutínio da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defende o envio do caso à Polícia Federal (PF), após parlamentares alegarem que a maioria dos doadores está sob investigação por atos antidemocráticos. O ex-presidente recebeu R$ 17,2 milhões por meio de Pix entre janeiro e julho deste ano, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Para mais informações, acesse MeioNorte.com



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