Emissora bolsonarista perde verba e alega ter sido abandonada por Lula

A Jovem Pan difundia o negacionismo científico durante a pandemia de coronavírus e foi defensora de um possível golpe de Estado

Corte de verba publicitária | Reprodução/Internet
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Dados oficiais revelam que, nos seis primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Jovem Pan praticamente desapareceu da lista de emissoras e empresas selecionadas para veicular a publicidade oficial do governo federal. Enquanto isso, a TV Globo recuperou seu protagonismo e lidera com folga o ranking de pagamentos da publicidade estatal sob a nova administração.

Anteriormente alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Jovem Pan sofreu críticas por abrigar, em sua programação, o negacionismo científico durante a pandemia de coronavírus, desqualificação das urnas eletrônicas sem provas e defesa de um possível golpe de Estado. No entanto, nos quatro anos do governo Bolsonaro, a rede de rádio e TV havia recebido contratos no valor total de R$ 18,8 milhões em publicidade federal, tornando-se a 12ª empresa com mais verbas governamentais nesse âmbito.

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Com a mudança de governo, os registros de repasse de verbas federais à Jovem Pan para 2023 foram reduzidos, tendo apenas R$ 2.413 destinados a uma rádio afiliada de Manaus para a veiculação de uma campanha de combate à tuberculose.

A corte no investimento publicitário no veículo levanta questionamentos e especulações sobre a razão dessa mudança. Procurada, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) não respondeu sobre os motivos da diminuição de verba ao veículo de comunicação bolsonarista. Apenas afirmou seguir critérios técnicos e normativos para a distribuição das verbas publicitárias.

O presidente da Jovem Pan, Roberto Alves de Araújo, manifestou tristeza com a diminuição dos recursos da empresa nas campanhas do governo e mencionou que tal escolha parece denotar o abandono da administração pública em detrimento de ideologias.

Histórico de delitos da empresa

O histórico recente da Jovem Pan também incluiu investigações por parte do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo sobre possíveis violações de direitos e abusos da emissora, que teria promovido "desinformação em larga escala" com "potencial de incitação à violência e à ruptura democrática".

O MPF entrou com uma ação civil pública pedindo o cancelamento de três outorgas de radiodifusão concedidas à Jovem Pan e requerendo uma indenização moral coletiva de R$ 13,4 milhões, correspondente a 10% dos ativos da empresa.

É importante observar como a mudança no governo trouxe impactos significativos no direcionamento das verbas de publicidade federal e como veículos de comunicação que antes recebiam investimentos agora se encontram em situações diferentes em relação ao repasse de recursos governamentais para suas campanhas publicitárias.

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