Ex-diretor da PRF preso guardava fotos de Michelle Bolsonaro no celular

Essa descoberta lança novas interrogações sobre a natureza de sua relação com o ex-presidente

Silvinei Vasques ao lado de Jair Bolsonaro | Reprodução
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O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, atualmente sob prisão suspeita de favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a eleição, foi revelado como possuidor de fotografias de Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), armazenadas em seu celular. Essa descoberta lança novas interrogações sobre a natureza de sua relação com o ex-presidente e levanta questionamentos sobre a possibilidade de uma relação mais próxima do que anteriormente declarado.

As imagens surgiram como parte da quebra de sigilo telefônico de Vasques e foram encaminhadas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Além disso, o material revelou que o então diretor da PRF fazia parte da lista de transmissão de Bolsonaro no aplicativo WhatsApp, pela qual mensagens com conteúdo golpista eram compartilhadas entre aliados.

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As fotografias datam de 17 de março do ano anterior, quando a primeira-dama foi agraciada com uma farda personalizada da PRF durante o "1º Encontro de Mulheres PRFs", um evento organizado pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf). Duas das imagens armazenadas no celular de Vasques mostram o então diretor da PRF ao lado de Michelle, em uma das quais ele a cumprimenta, enquanto na outra os dois posam com as mãos atrás das costas, em uma pose militar.

Michelle e Jair Bolsonaro | Foto: ReproduçãoOutra imagem presente na galeria do celular do ex-chefe da PRF retrata o casal Bolsonaro abraçado no Palácio da Alvorada. A imagem havia sido editada e compartilhada por Michelle nas redes sociais naquela época, com a legenda: "Ele disse que gostaria de ser multado por mim", referindo-se ao então presidente.

Michelle Bolsonaro e Silvinei Vasques durante evento na Fenaprf | Foto: ReproduçãoO advogado de Vasques, Eduardo Pedro Nostrani Simão, ao ser procurado para comentar sobre as imagens, afirmou: "Encontros de agentes públicos em órgãos públicos não dão o tom de envolvimento pessoal. Não existe amizade entre eles, mas presumível respeito. Tanto pelo que um fez na Presidência do Brasil quanto pelo que o outro fez pelo combate às drogas e pela segurança nas rodovias federais".

É importante destacar que durante o governo Bolsonaro, o ex-PRF era conhecido por seu apoio público ao então presidente. Na véspera da eleição, ele recorreu às redes sociais para pedir votos em favor da candidatura à reeleição de Bolsonaro. Sua prisão, ocorrida no último dia 9, está relacionada à suspeita de ter favorecido o ex-mandatário durante o segundo turno da eleição.

A Polícia Federal (PF) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a alta cúpula da PRF mantinha um mapa identificando os municípios onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve mais de 75% dos votos no primeiro turno da eleição. A corporação liderada por Vasques realizou um número significativamente maior de fiscalizações de ônibus em cidades do Nordeste, tradicional reduto eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas ações, que haviam sido proibidas pela Justiça Eleitoral, resultaram em atrasos na votação de diversos eleitores na região e levantaram suspeitas sobre possível interferência política.

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