Lewandowski deixa cargos e contratos milionários para assumir o Ministério da Justiça

Com a entrada no primeiro escalão do governo Lula, Lewandowski enfrentará uma redução significativa em termos financeiros

Lula, Flávio Dino e Ricardo Lewandowski | Brenno Carvalho
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Ao aceitar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski enfrentará a necessidade de renunciar a diversos contratos e cargos em conselhos do setor privado que lhe proporcionaram uma remuneração substancial nos últimos meses. Entre esses compromissos estão o papel de parecerista na J&F e a posição de conselheiro no Banco Master.

O atual ministro exerce atividade também em um escritório de advocacia, o qual mantém com sua esposa e está localizado no centro de Brasília. Tanto o ministro quanto os clientes não comentaram sobre os valores que ele terá que abandonar. Além disso, as empresas mencionadas não são as únicas que contrataram os serviços do novo ministro da Justiça de Lula.

No caso da J&F, o contrato já gerou mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 800 mil pelo parecer favorável à holding de Joesley e Wesley Batista no processo contra a Paper Excellence, além de R$ 250 mil mensais como consultor desde pelo menos maio do ano passado.

No Banco Master, onde Lewandowski ocupa um cargo no comitê estratégico ao lado de personalidades como o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola e o ex-técnico do BC Geraldo Magela, sua remuneração mensal não foi divulgada pelo banco, mas fontes afirmam que é superior a R$ 100 mil.

Tanto a J&F quanto o Banco Master optaram por não comentar sobre os contratos com Lewandowski, e pessoas familiarizadas com o trabalho do ex-ministro indicam que os vínculos devem ser suspensos.

Redução de termos financeiros

Com a entrada no primeiro escalão do governo Lula, Lewandowski enfrentará uma redução significativa em termos financeiros, uma vez que o salário de um ministro, a partir de 1º de fevereiro, será de R$ 44.008,52, conforme reajuste escalonado aprovado pelo Congresso no final de 2022 e sancionado por Lula em fevereiro do ano passado.

Além de suas funções anteriores, como presidente do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul e presidente do Conselho de Assuntos Jurídicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lewandowski terá que lidar com a disputa bilionária entre J&F e Paper pelo controle da Eldorado Celulose.

Embora assumir o Ministério da Justiça possa não ser tão economicamente vantajoso para Lewandowski, ele poderá manter a presidência do Observatório da Democracia, um centro de estudos lançado pela Advocacia-Geral da União (AGU) em setembro do ano passado, cuja participação não é remunerada. Este grupo tem como foco a produção de relatórios, debates e publicações acadêmicas voltadas para o fortalecimento da democracia, e Lewandowski foi convidado a integrar o observatório pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.

Para mais informações,acesse MeioNorte.com

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