Lula deve reformular estrutura de inteligência após saída de general do GSI

Ministros e assessores próximos ao presidente estão insatisfeitos com a falta de uma área centralizada para filtrar e cruzar informações estratégicas dispersas em diversos órgãos governamentais

Cerimônia do Dia do Exército, em Brasília, com a presença do presidente Lula | Ricardo Stuckert/Divulgação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, busca uma oportunidade para reestruturar a inteligência do governo após a demissão do general Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a saída do secretário-executivo Ricardo Nigri. 

Ministros e assessores próximos ao presidente estão insatisfeitos com a falta de uma área centralizada para filtrar e cruzar informações estratégicas dispersas em diversos órgãos governamentais.

A demissão do general Dias foi motivada por um vídeo em que aparece circulando entre os invasores do Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Um ministro afirma que há muitas inteligências espalhadas em diferentes órgãos, ministérios e comandos das Forças Armadas, mas a falta de comunicação eficiente impede que as áreas conversem.

O Planalto já anunciou que o ex-interventor na segurança do Distrito Federal e secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, ocupará o cargo de forma interina até que o novo modelo esteja pronto.

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Câmeras mostram membros do GSI no Planalto durante ataques de 8 de janeiro

Imagens de 22 câmeras de segurança do Palácio do Planalto, obtidas pela CNN, mostram o ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, junto com os criminosos durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

Duas câmeras registraram imagens do general Gonçalves Dias por volta das 16 horas, quando os invasores já tinham entrando no Planalto.

Na primeira imagem, ele aparece no terceiro andar do Palácio. Em um primeiro moment, Dias caminha sozinho próximo ao gabinete de Lula, e logo depois tenta abrir uma porta.  Após isso, ele é visto dentro da sala do presidente.

Minutos depois, ele já está ao lado de alguns invasores e, de acordo com a emissora, teria apontado para uma porta que levaria até a saída do local. Outros integrantes do gabinete, ao lado do ministro, também indicam o caminho de saída aos terroristas.

Um dos militares, identificado, por enquanto, apenas como sendo um capitão do Exército responsável pela segurança do Planalto, é visto cumprimentando alguns dos manifestantes. Ele retira o crachá de identificação antes da ação. Na gravação, ele entrega garrafas de água aos manifestantes, ação repetida também por outro militar.

Em  nota, que não faz qualquer menção a Gonçalves Dias, o GSI diz que as condutas dos funcionários envolvidos estão sendo apuradas e que os respectivos autores serão responsabilizados.. 

Confira a nota na íntegra

Arespeito de reportagem veiculada no dia de hoje, sobre os ataques do 8 de janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) esclarece que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos.

Quanto as afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados.

Cabe ainda ressaltar que as imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto, gravadas no dia 8 de janeiro, fazem parte de Inquérito Policial instaurado no âmbito do STF, e o GSI não autorizou ou liberou qualquer imagem que não fosse destinada aos órgãos investigativos responsáveis, tendo em vista a proteção do sigilo do inquérito, previsto no art. 20 do Código de Processo Penal.



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