Lula diz que 'é grave' barrar candidatura de oposição a Maduro na Venezuela

O presidente afirmou, ainda, que o Brasil acompanhará o processo eleitoral venezuelano de perto

Lula e Nicolás Maduro | Montagem/Meio
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Na quarta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que vê com gravidade a situação eleitoral na Venezuela, prometendo um acompanhamento minucioso por parte do Brasil. Esta afirmação segue a linha da nota emitida pelo Itamaraty na última terça-feira (26), indicando uma alteração na postura brasileira em relação ao regime de Nicolás Maduro. O anúncio de Lula ocorre em um momento de tensão, após a coalizão opositora PUD denunciar que foi impedida de registrar sua candidata para as próximas eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 28 de julho.

Segundo a oposição venezuelana, problemas técnicos e burocráticos foram colocados como barreiras para a inscrição de Corina Yoris, indicada por María Corina Machado, liderança expressiva da oposição. De forma surpreendente, Manuel Rosales, um ex-rival de Hugo Chávez, conseguiu registrar sua candidatura para confrontar Maduro. Diante desses acontecimentos, o presidente brasileiro expressou surpresa e preocupação, tendo solicitado diretamente a Maduro garantias para um processo eleitoral democrático e justo.

A situação é considerada por Lula como um grave impedimento à democracia, destacando que proibições a candidaturas sem fundamentos jurídicos ou políticos são inaceitáveis. "Aqui, é proibido proibir a não ser que tenha posição judicial", afirmou Lula, evidenciando uma crítica direta à obstrução enfrentada pela oposição venezuelana. A posição do Brasil, segundo ele, é de assegurar que as eleições na Venezuela ocorram de maneira transparente e aberta, assim como são conduzidas no Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil já se manifestou sobre o incidente, apontando para uma incompatibilidade com os acordos firmados em Barbados, que preveem um processo eleitoral inclusivo e transparente. A resposta do governo venezuelano não tardou, classificando a nota do Itamaraty como intervencionista e alinhada aos interesses dos Estados Unidos, aumentando ainda mais as tensões entre os dois países.

VISITA DE MACRON: Esse debate ocorreu em um contexto diplomático ampliado pela visita do presidente francês Emmanuel Macron ao Brasil. Durante o encontro em Brasília, Macron expressou apoio às posições de Lula em relação à Venezuela, além de discutir temas como o acordo Mercosul-União Europeia e os conflitos globais atuais. A visita, que começou em Belém e incluiu encontros com lideranças indígenas, reforça a importância das relações bilaterais na busca por soluções conjuntas para crises regionais e globais.

Para mais informações, acesse meio.com

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES