Petrobras sob Bolsonaro teve refinarias vendidas 'a preço de banana' para árabes

A auditoria conduzida pela CGU destacou que a avaliação do valor da refinaria, rebatizada como Refinaria de Mataripe, foi realizada abaixo do valor de mercado

Jair Bolsonaro e Mohammad bin Salman | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Uma auditoria conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontou fragilidades no processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) pela Petrobras ao fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos. A transação, finalizada em novembro de 2021 durante o governo Bolsonaro por U$ 1,65 bilhão, agora está sob investigação devido a possíveis irregularidades identificadas no processo.

A auditoria destacou que a avaliação do valor da refinaria, rebatizada como Refinaria de Mataripe, foi realizada abaixo do valor de mercado, pois a Petrobras avaliou a instalação durante os primeiros meses da pandemia, em 2020, quando os indicadores macroeconômicos estavam em declínio.

O Projeto Phil, no qual a venda da RLAM se inseriu, fazia parte da estratégia da Petrobras de desinvestimento, planejando a venda de oito refinarias, correspondendo a 50% da capacidade de refino no país. O Termo de Compromisso de Cessação de Prática (TCC) firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) visava reduzir a atuação da Petrobras no setor de refino.

A CGU ressaltou que a Petrobras, ao prosseguir com a venda da RLAM durante a pandemia, subestimou o valor da refinaria. Embora a Petrobras tenha solicitado mais prazo ao Cade para concluir a venda de outras seis refinarias, argumentando a falta de conclusão do processo de "due diligence", a CGU apontou que a estatal poderia ter repetido a etapa de propostas vinculantes, conforme previsto no TCC.

A auditoria revelou uma diferença significativa entre o menor e o maior valor atribuído à RLAM pela avaliação econômico-financeira, questionando a tomada de decisão com base apenas nesses números. A CGU também destacou a "fragilidade" no método utilizado pela Petrobras para definir a faixa de valor da RLAM, que consistia em estabelecer cenários sem considerar probabilidades de concretização.

Presentes de luxo

O relatório da CGU menciona presentes dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela família real dos Emirados Árabes em 2019 e 2021, incluindo um relógio de mesa cravejado de diamantes, esmeraldas e rubis, e três esculturas de alto valor. Esses presentes estão sob investigação da Polícia Federal (PF). O Mubadala Capital, que adquiriu a RLAM, é uma subsidiária de gestão de ativos do Mubadala Investment Company, fundo soberano controlado pela família real de Abu Dhabi.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES