Saiba quais novos desafios Lewandowski se deparou ao assumir o caso Marielle

Lewandowski afirmou seu compromisso em dar continuidade ao trabalho de Flávio Dino, fazendo ajustes conforme necessário

Marielle Franco, Ricardo Lewandowski e Domingos Brazão | Montagem/MeioNorte
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Em uma transição marcada por desafios e incertezas, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, está se preparando para entregar o cargo ao sucessor, Ricardo Lewandowski, a partir de 1º de fevereiro. Dino, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deixa para Lewandowski não apenas as atribuições naturais do cargo, mas também a pressão contínua para esclarecer o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes.

Com a investigação federalizada desde o início do ano passado, o futuro ministro herda uma série de desafios, sendo o principal deles responder quem ordenou o assassinato de Marielle e Anderson, assim como as motivações por trás desse crime. Embora os executores tenham sido identificados, permanece a incerteza sobre quem encomendou o homicídio. O tempo decorrido desde a data dos assassinatos adiciona complexidade à busca por respostas.

Em uma reunião realizada na terça-feira (23) no Palácio da Justiça, em Brasília, Dino e Lewandowski buscaram alinhar o processo de transição e discutir detalhes importantes. Lewandowski afirmou seu compromisso em dar continuidade ao trabalho de Dino, fazendo ajustes conforme necessário.

Domingos Brazão como um dos mandantes

A reunião ocorreu no mesmo dia em que surgiram detalhes de uma delação premiada de Ronnie Lessa, apontado Domingos Brazão como um dos executores do assassinato de Marielle. Ao ser questionado por jornalistas, Dino se recusou a comentar vazamentos de investigações, nem confirmou nem negou a possível delação.

Flávio Dino, em sua declaração, reafirmou que as investigações estão próximas do fim, mas não especificou se a conclusão ocorrerá em dias, semanas ou meses. Destacou o empenho da Polícia Federal (PF) no caso, mas observou que não há uma previsão definida devido à complexidade envolvida na investigação.

Dino ressaltou que a investigação do caso Marielle não é separada de outras ações no Rio de Janeiro, mencionando a existência de um bloco criminoso no estado. Ele salientou que ao investigar um caso, outras dezenas podem ser abordadas simultaneamente.

Entre os avanços durante sua gestão, Dino destacou a participação legítima da PF nas investigações, assim como a reavaliação de provas que possibilitou a delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz.

Futuro da investigação

A partir de fevereiro, as responsabilidades pela investigação do caso Marielle passarão para Lewandowski, incluindo decisões sobre a continuidade das equipes envolvidas no momento. Lewandowski enfrentará o desafio do tempo decorrido desde o crime, aproximando-se de seis anos, e das complexidades do inquérito, que foi inicialmente conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e posteriormente federalizado.

Em entrevista à rádio CBN no início deste ano, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, expressou a convicção de que as investigações serão concluídas até o final de março. Flávio Dino, ao assumir o cargo em 2023, afirmou que a resolução do caso seria uma questão de honra, mas em uma coletiva recente, mudou o discurso, destacando que não há uma data específica para a solução do caso.

No ano passado, Élcio de Queiroz fechou um acordo de delação premiada com a PF e o Ministério Público do Rio de Janeiro, apresentando detalhes dos assassinatos. Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, teria fechado um acordo semelhante, ainda aguardando homologação judicial. Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, foi citado por Lessa em uma possível delação, negando veementemente qualquer envolvimento no crime. A PF criticou os vazamentos e afirmou ter fechado apenas um acordo de delação, com Élcio Queiroz.

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