Empresas lançam primeira criptomoeda LGBTQIA+ chamada Maricoin

O intuito dos criadores é de “aproveitar poder econômico da comunidade para mudar o mundo”

Empresas lançam primeira criptomoeda LGBTQIA+ chamada Maricoin | reprodução
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Pode soar apenas como um truque de marketing, mas os fundadores da primeira criptomoeda  LGBTQIA+ disseram à agência de notícias Reuters que querem aproveitar o poder econômico da comunidade com o objetivo de "mudar o mundo".

A Maricoin, um jogo de palavras tirado de um xingamento homofóbico em espanhol (maricón, ou bicha, em português) e coin (moeda, em inglês), foi lançado na sexta-feira (31/12) em um teste piloto de uma semana envolvendo 10 empresas em Chueca, conhecido como bairro LGBTQ+ da capital da Espanha, Madrid.

Empresas lançam primeira criptomoeda LGBTQIA+ chamada Maricoin - Foto: Reprodução/IG

Os patrocinadores da Maricoin desejam que a moeda virtual comece a ser negociada no início do próximo ano, abrindo caminho para que ela seja usada como meio de pagamento em negócios e eventos LGBTQ+ em todo o mundo.

"Já que movemos esta economia, por que nossa comunidade não deveria lucrar com isso, em vez de bancos, seguradoras ou grandes corporações que muitas vezes não ajudam as pessoas LGBTQ+?", afirmou o cofundador da iniciativa Juan Belmonte, de 48 anos.

Belmonte, um cabeleireiro e empresário, disse que a ideia da criptomoeda LGBTQ+ surgiu enquanto ele estava em uma festa com amigos no evento Orgulho de Madrid em julho deste ano.

Mas ele traça as origens do projeto em 2017, quando o grupo ultraconservador HazteOir lançou uma campanha contra os direitos dos transgêneros enviando um ônibus pela Espanha com as palavras: "Meninos têm pênis, meninas têm vulvas. Não se deixe enganar."

A campanha do grupo conservador cristão foi rapidamente proibida pelas autoridades espanholas, mas Belmonte disse que isso o fez perceber que "tinha que fazer algo" para ajudar a alavancar a influência econômica da comunidade LGBTQ+ na luta contra a homofobia.

A Maricoin é apoiada pela Borderless Capital, firma de capital de risco com sede em Miami (Flórida, EUA), e o presidente-executivo da iniciativa, Francisco Álvarez, disse que 8.000 pessoas já estavam em uma lista de espera para comprar Maricoins antes que a moeda começasse a ser negociada.

De acordo com seus planos, a criptomoeda LGBTQ+ será aceita como pagamento em empresas, de restaurantes e cafés a lojas e hotéis, que assinaram um "manifesto de igualdade".

Entre outras coisas, o manifesto defende os direitos das pessoas LGBTQ+ e de "todos os que sofrem de exclusão", bem como preconiza uma "economia social, ética, transversal e transparente".

"Os estabelecimentos que aceitarem nossa moeda serão listados em nosso mapa, que funcionará como um guia LGBTQ+ para quem visita qualquer cidade do mundo", disse Álvarez, 48 anos.

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