Tartaruga com mais de 2 metros e vulnerável à extinção é encontrada morta

Animal foi encontrado por banhista em uma praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo.

tartaruga | Instituto Biopesca/Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Uma tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), de 2,11 metros, foi encontrada morta por um banhista em uma praia no bairro Oásis, em Peruíbe, no litoral de São Paulo. O Instituto Biopesca foi acionado e precisou fazer a necropsia ainda na faixa de areia por conta do tamanho do animal. O procedimento, de acordo com o órgão, normalmente é realizada na sede da instituição.

Segundo o Instituto, a necropsia revelou que havia uma amputação de nadadeira dianteira cicatrizada e fios de nylon emaranhados em seu intestino. Um saco plástico também foi encontrado dentro da tartaruga durante o procedimento.

Necropsia da tartaruga de 2,11 metros precisou ser realizada na praia, em Peruíbe, devido o tamanho do animal. (Foto: Instituto Biopesca/Divulgação)

A necropsia faz parte do trabalho da instituição e tem como objetivo identificar a causa da morte dos animais. Outro objetivo do exame é coletar amostras biológicas que colaboram com o melhor entendimento do estado do animal e para obter mais informações sobre a espécie.

O Instituto Biopesca afirmou que não é possível afirmar ainda que o material encontrado dentro da tartaruga tem relação com a morte dela. "Mas já sabemos que a poluição tem grande impacto na vida marinha e responde pela morte de muitos animais".

Leia Mais

Tartaruga-de-couro

O biólogo Eric Comin explicou que é comum a tartaruga-de-couro apresentar tamanho grande e que algumas delas chegam a ter só 1,80 m de casco. Além disso, elas podem pesar até meia tonelada com nadadeiras de até 2 m. Elas possuem a carapaça mole, o que as diferencia das outras espécies.

Segundo o profissional, a tartaruga-de-couro se alimenta de plâncton, preferencialmente os mais gelatinosos como água-viva, salvas e ctenóforos. "Alguns estudos recentes mostram que as adultas frequentam regiões costeiras. Ela [tartaruga] gosta de áreas tropicais e temperadas, como os oceanos Índico, Pacífico e Atlântico. Então, são animais extremamente cosmopolitas".

Comin afirmou, ainda, que, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a tartaruga-de-couro é considerada vulnerável à extinção.

No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) considera a espécie como criticamente em perigo. "São animais que ficam enroscados em redes e artefatos de pesca e isso é um grande fator que contribui para o número de mortalidade delas", disse o biólogo.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES