O economista e deputado ultraliberal, Javier Milei (Libertad Avanza) conquistou a vitória no segundo turno das eleições presidenciais da Argentina, realizadas neste domingo (19). O adversário de Milei, o candidato peronista Sergio Massa, da Unión por la Patria, reconheceu sua derrota antes mesmo da divulgação oficial dos resultados, parabenizando Milei e desejando-lhe boa sorte.
Massa destacou a importância de transmitir uma mensagem de diálogo e paz ao povo argentino, ressaltando as escolhas feitas em relação à segurança do Estado e à defesa da educação e saúde públicas. Ele afirmou que a responsabilidade de fornecer certezas sobre o funcionamento social, político e econômico agora cabe ao presidente eleito.
No primeiro turno, a disputa entre Milei, de 53 anos, e Massa foi acirrada, com as pesquisas eleitorais incapazes de prever quem sairia na frente, dado o empate técnico em algumas delas. Milei, considerado favorito após vencer as primárias, ficou em segundo lugar na primeira etapa. Sua figura polêmica ganhou destaque por propostas de cortar relações com países "comunistas", como China e Brasil, e romper com o Mercosul, além de "dinamitar" o Banco Central.
O ultraliberal expressou admiração pelo ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), que, por sua vez, manifestou apoio a Milei e confirmou sua presença na posse caso o candidato vencesse as eleições. Enquanto partidos de esquerda no Brasil, incluindo o PT, apoiaram Massa, Milei recebeu uma carta de apoio assinada por ex-presidentes de diversos países e pelo escritor Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel da Literatura. Patricia Bullrich, representante da direita no primeiro turno, também endossou a candidatura de Milei.
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