Amigo de médicos executados no Rio deixou o local 20 minutos antes do crime

Nas imagens recém-descobertas, é possível observar que o homem, vestindo bermuda creme e camiseta preta, chegou ao quiosque às 23h34

Médicos executados no Rio | Reprodução
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Novas imagens do quiosque na Barra da Tijuca, onde médicos foram assassinados na madrugada de quinta-feira (5), revelam que um amigo das vítimas conseguiu escapar dos criminosos por aproximadamente 20 minutos. Ele jantou com o grupo, pagou a conta e saiu do local pouco antes da chegada dos assassinos. Essas imagens foram obtidas pelo programa Fantástico.

Os médicos estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso. A polícia acredita que eles foram mortos por engano por traficantes, que confundiram uma das vítimas com um miliciano. O médico Perseu Ribeiro Almeida foi morto instantaneamente, pois teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.

Nas imagens recém-descobertas, é possível observar que o homem, vestindo bermuda creme e camiseta preta, chegou ao quiosque às 23h34. Às 0h39, ele pagou a conta e deixou o local. Os criminosos chegaram e atiraram contra o grupo por volta das 0h59, matando três médicos e deixando um ferido.

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Por meio de câmeras de segurança e outras informações, os investigadores reconstruíram a rota dos médicos desde o aeroporto até o momento em que foram atacados. Eles descartaram a possibilidade de qualquer um dos membros do grupo ter se envolvido em algum tipo de conflito na cidade antes do tiroteio.

As vítimas baleadas: 

Diego Ralf Bomfim, 35 anos: morreu no Hospital Lourenço Jorge após ser socorrido;

Marcos de Andrade Corsato, 62 anos: morreu na hora;

Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos: morreu na hora. A polícia acredita que ele foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.

A matéria exibida pelo programa Fantástico também detalhou a rota do veículo utilizado pelos criminosos no crime, um Fiat Pulse, que percorreu avenidas movimentadas na Barra da Tijuca antes de ser abandonado na Cidade de Deus, localizada na Zona Oeste.

Execução por engano: 

A execução equivocada dos médicos está sendo investigada como um ato de vingança em resposta à morte de um traficante por Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, supostamente com a participação do miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. De acordo com as investigações, foi Taillon que o médico Perseu Ribeiro Almeida foi confundido.

(Foto: Reprodução TV Globo)

No dia seguinte ao assassinato dos médicos, os corpos de quatro homens foram encontrados dentro de dois carros abandonados na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

(Foto: Reprodução)Dados coletados pelos investigadores sugerem que a liderança do Comando Vermelho ficou profundamente irritada com o incidente ocorrido no quiosque na Barra da Tijuca. Como resultado, convocaram uma reunião na área conhecida como Cabaret, no Complexo da Penha.

Nesse encontro, os líderes da facção criminosa ordenaram que os quatro membros da chamada Equipe Sombra fossem punidos com a morte pelo erro cometido algumas horas antes.

Os corpos encontrados foram identificados como:

Philip Motta Pereira, o Lesk: o corpo dele estava no veículo localizado na Gardênia.

Ryan Nunes de Almeida, o Ryan: ele integrava o grupo liderado por Lesk, chamado de "Equipe Sombra".

Thiago Lopes Claro da Silva: integrante da quadrilha, segundo a polícia

Pablo Roberto da Silva dos Reis; integrante da quadrilha, segundo a polícia

Os corpos foram encontrados  pela Delegacia de Homicídios, com o auxílio da inteligência policial. Três deles estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, próximo ao Riocentro, enquanto o quarto corpo estava no segundo veículo, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

A Polícia Civil já possui evidências que conectam pelo menos um dos homens encontrados mortos ao ataque aos médicos no quiosque da Barra da Tijuca: Ryan Almeida. De acordo com apurações do RJ2, um parente de Ryan o identificou nas imagens do incidente e confirmou, em depoimento, que ele é o atirador visto saindo do banco do carona.

Ryan Almeida (Foto: Reprodução)




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