Barco à deriva: perícia aponta que são 9 corpos de refugiados da África

A Polícia Federal, em colaboração com a Polícia Científica do Pará, determinou o total de pessoas encontradas sem vida dentro de um barco à deriva no litoral do Pará: nove no total. Conforme informações da PF, oito corpos estavam dentro da embarcação.

NACIONALIDADE: 

As vítimas são migrantes da região da Mauritânia e Mali, no continente africano, embora a possibilidade de pessoas de outras nacionalidades não seja descartada pela Polícia Federal. Nove corpos foram encontrados, sendo oito dentro da embarcação e um próximo a ela, em circunstâncias que indicam pertencer ao mesmo grupo de vítimas.

IDENTIFICAÇÃO: 

O objetivo principal da operação que teve início nesta segunda-feira (15) é estabelecer a identidade das vítimas, seguindo os protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Além da identificação, a perícia visa determinar a origem dos passageiros, a causa dos óbitos e o tempo estimado dos acontecimentos.

OPERAÇÃO: 

As operações de identificação decorrem após a operação de resgate, com a participação conjunta da Polícia Federal, Marinha do Brasil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica, Defesa Civil, Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, Defesa Civil do Pará, Guarda Civil Municipal, Departamento Municipal de Trânsito de Bragança e Prefeitura de Bragança.

LOCAL QUE FOI ENCONTRADO: 

Quanto ao local do achado, o barco foi localizado na região do Salgado, no nordeste do estado, conforme informado pela Polícia Federal. Essa área engloba 11 municípios, incluindo Salinópolis, São João de Pirabas e Terra Alta. Alguns dos corpos encontrados estavam em estado de decomposição.

O QUE DIZ A PF: 

De acordo com a PF, os esforços de busca e resgate da embarcação foram conduzidos das 7h, quando a equipe chegou ao porto de Vila do Castelo, até as 23h30 de domingo. A operação contou com uma embarcação da Marinha e um bote dos Bombeiros Militares.

FABRICAÇÃO DA EMBARCAÇÃO:

Quanto às características da embarcação, o Capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Calfa, informou à Rede Liberal, canal de televisão local, que o barco encontrado era de fabricação aparentemente artesanal e desprovido de motor, leme ou outras características que permitissem identificar sua origem imediatamente. Após ser retirada do rio nesta segunda-feira, a embarcação será submetida a perícia no Instituto Médico Legal, processo que se espera que seja concluído até terça-feira, de acordo com a emissora.