PM do Ceará apura caso de soldado que pilotava avião que caiu em Teresina

A corporação afirmou que o policial militar estava de folga e exercendo atividade, não remunerada, para complementar horas de voo exigidas para um curso.

PM Marcelo Nogueira Ramos era o piloto do avião | Divulgação
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A Polícia Militar do Ceará (PMCE) vai abrir uma sindicância para investigar os detalhes do caso do soldado Marcelo Nogueira Ramos, que era o piloto da aeronave do tipo monomotor que caiu no domingo (11), em uma área de lagoa na zona Norte de Teresina, na região do Parque Ambiental Encontro dos Rios.

À reportagem, a corporação afirmou que o policial militar estava de folga e exercendo atividade, não remunerada, para complementar horas de voo exigidas para um curso extracurricular de piloto. 

"Houve apuração preliminar que verificou que o voo estava autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Entretanto, será aberta uma sindicância para investigar os detalhes do acontecido", disse a PMCE ao G1.

Além da corporação militar do Ceará,a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) também irá apurar o caso. Além de Marcelo, estava na aeronave o copiloto Jhony Francisco Alves dos Santos, de 38 anos. Os dois foram resgatados sem ferimentos graves.

"A CGD determinou imediata instauração de procedimento disciplinar para a devida apuração na seara administrativa, estando este em trâmite", informou o órgão ao G1.

RELEMBRE O CASO

Na manhã deste domingo (11), uma aeronave do tipo monomotor caiu em uma área de lagoa do bairro Mafrense, na zona Norte de Teresina, na região do Parque Ambiental Encontro dos Rios.  A aeronave estava com dois ocupantes, o piloto Jhony Francisco Alves dos Santos e do Policial Militar do Ceará, Marcelo Nogueira Ramos, que estavam vindo do estado do Pará. 

Segundo relatos de um dos envolvidos, o piloto apenas perdeu o controle. No entanto, as reais causas do incidente ainda serão levantadas pela perícia.  O Meionorte.com obteve acesso a um áudio do piloto onde ele dá detalhes do momento em que percebeu uma falha no motor da aeronave e como conseguiu executar um pouso forçado.

"O motor falhou. Eu mudei de tanque rápido, mas continuou falhando. Voltei para o outro motor, e aí, pronto, parou. Tentei reanimar ainda, mas não deu. Quando eu olhei para baixo, era só casa. Quando eu olhei à minha direita, vi a lagoa. Eu disse 'é bem ali assim'. Eu puxei o manche rapidamente, ganhei um pouco mais de altitude. Aí contornei a lagoa, limpei o avião e a velocidade já vinha caindo, preparei o avião para o impacto", relatou.

Por meio de nota, o Aeroporto Senador Petrônio Portella (SBTE) informou que a aeronave entrou em contato com a torre de controle declarando uma situação de emergência, mas não conseguiu realizar o pouso no aeroporto.

"O centro de operações aeroportuárias da CCR Aeroportos logo acionou o seu plano de emergência, direcionou membros da equipe para o local do ocorrido e acionou o Corpo de Bombeiro estadual e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), relatando o ocorrido", diz a nota do Aeroporto.

OUTRO AVIÃO CAIU NA MESMA ZONA EM 24H

No início da tarde desta segunda-feira (12), mais um avião caiu na zona Norte de Teresina. Desta vez, no campo de futebol do Bariri, próximo ao colégio Premem Norte. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave estava com cinco pessoas a bordo, incluindo uma criança. O piloto e proprietário do avião foi identificado como o advogado Arcedino Concesso Pereira Filho. 

À Rede Meio Norte, o primo do piloto, que é médico, relatou que o avião seguia para o município de Araguaína, no Tocantins, quando teve que fazer um pouso de emergência em Teresina. Ainda segundo o homem, a aeronave pertence a Arcedino Concesso, que estava com sua família, a esposa Juliana Plácido (36 anos), duas filhas Giovana Plácido (16 anos) e N. C. Plácido (menor de idade, 04 anos), além de uma outra pessoa identificada como Maria Gracy (66 anos).

"Até agora eu não tenho detalhes do que causou, o que houve. A família identificou o vídeo nas redes sociais, foi passando de um para outro e foi essa correria, mas graças a Deus nada de tão grave parece ter ocorrido. Ele é advogado e também é piloto. A aeronave é dele, é particular. Ele estava com a família em Fortaleza e estava passando em Teresina. Provavelmente, ele abasteceu aqui e iria para Araguaína ", explica.

Arcedino Concesso se pronunciou pela primeira vez após o acidente. ''Deus nos deu uma nova vida hoje. Vamos precisar passar por procedimentos cirúrgicos'', afirmou. Ele, que é proprietário da aeronave, acrescentou que suas filhas Giovana e Nicole não tiveram nada grave e já receberam alta.



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