Abandono de cargo: Weintraub e esposa têm salários suspensos pela Unifesp

Uma investigação interna aponta que o casal possui faltas não justificadas e abandono de cargo

Unifesp toma medidas | Agência Brasil
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A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tomou medidas preventivas e suspendeu os salários de Abraham Weintraub e sua esposa, Daniela Weintraub, em meio a uma investigação interna que apura faltas não justificadas do casal. Ambos, que residem nos Estados Unidos, ocupam cargos como docentes na instituição.

Os Weintraub são professores em tempo integral no Campus Osasco, com carga horária de 40 horas semanais. Abraham integra o corpo docente do departamento de Ciências Contábeis há nove anos, enquanto Daniela atua no departamento de Ciências Atuariais há quase uma década.

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A Unifesp informou que, em 13 de abril, Ouvidoria da universidade recebeu uma denúncia contra Abraham, o que levou à abertura de um processo administrativo disciplinar, caso se confirmem irregularidades em sua atuação.

Concomitantemente, um procedimento foi instaurado no mesmo mês para investigar faltas injustificadas e abandono de cargo por parte de Daniela.

Os salários de ambos foram suspensos de maneira preventiva devido às investigações. A universidade esclareceu que seguiu os procedimentos internos estabelecidos para abordar as ausências, resultando na suspensão dos vencimentos de Abraham e Daniela Weintraub a partir de abril de 2023.

Abraham alegou, durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, que está sendo alvo de "perseguição política". Ele afirmou que deixou de lecionar e se afastou da universidade no final de 2018, quando assumiu o cargo de Ministro da Educação, e depois requereu licença não remunerada ao se mudar para o exterior.

Segundo informações do Portal da Transparência do governo federal, o ex-ministro do MEC recebeu uma remuneração bruta de R$ 4.520,16 até março deste ano. Os pagamentos foram suspensos em abril e maio, sendo retomados em junho com o valor de R$ 263,37. Já Daniela teve um salário bruto de R$ 6.122,77 até fevereiro, sem remuneração nos meses seguintes, exceto por junho, quando recebeu R$ 528,31.

O casal está residindo nos Estados Unidos desde junho de 2020, quando Abraham, ainda no cargo de Ministro da Educação, viajou ao exterior e posteriormente solicitou sua exoneração ao chegar ao país norte-americano.

Ele deixou seu cargo governamental após se envolver em diversas polêmicas e fazer declarações ofensivas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Posição da Unifesp

A universidade emitiu um comunicado informando que a suspensão dos salários foi aplicada devido à ausência no trabalho, seguindo as determinações legais. A Unifesp também esclareceu que está conduzindo um procedimento interno para zerar os parâmetros salariais dos servidores afetados. A instituição reforçou que as ações seguiram os protocolos internos para apurar as faltas, resultando na suspensão dos salários de Abraham e Daniela a partir de abril de 2023, quando os processos foram iniciados.

Desde 13 de abril de 2023, quando a denúncia contra Abraham foi recebida via Ouvidoria, a Unifesp tem diligenciado todas as etapas necessárias para investigar os fatos e coletar documentos relevantes para a possível abertura de um processo administrativo disciplinar, se for constatada alguma irregularidade. O prazo e as eventuais punições estão regidos pela Lei 8.112/1990, e o processo se desenrola com base nas diretrizes legais e sob sigilo.

Daniela também está sujeita a um processo administrativo disciplinar por faltas injustificadas e abandono de cargo.

Abordagem de Weintraub

Em uma live do YouTube, Abraham alegou que ele e sua esposa se afastaram da universidade no final de 2018, quando ele assumiu o cargo de Ministro da Educação durante o governo Bolsonaro. Ele também mencionou que se mudou para o exterior e solicitou licença não remunerada desde então, afirmando que não recebeu salários nesse período. Abraham mencionou que formalizou o pedido de licença e, de maneira surpreendente, relatou que a universidade havia depositado dois meses de salário em sua conta bancária. 

A suspensão dos pagamentos ocorreu, segundo ele, devido à falta de atividade docente. Abraham classificou a situação como uma perseguição política e destacou que recorreu à justiça para tratar do assunto.

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