Bolsonaristas são culpados por colocar STF como inimigo do Brasil, diz Barroso

O presidente do STF apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro escolheu o Supremo como seu adversário, transformando-o em seu principal inimigo

Luís Roberto Barroso - presidente do STF | Sérgio Lima/Folhapress
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo, que a bancada bolsonarista no Congresso Nacional foi responsável por difundir a ideia de que o STF é um inimigo do Brasil. A declaração foi feita em uma entrevista publicada no sábado (30).

Barroso apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu o Supremo como seu adversário, transformando-o em seu principal inimigo. Segundo o ministro, essa estratégia foi eficaz, contribuindo para a disseminação da confusão que marcou os últimos anos no país.

O presidente anterior atacava o tribunal e seus membros com uma linguagem incivilizada, sendo tolerado por um contingente significativo de eleitores que se identificaram com esse comportamento, afirmou Barroso.

O ministro destacou que é compreensível que os parlamentares bolsonaristas busquem atender às expectativas de seus eleitores, que enxergam o Supremo como parte do problema.

Em relação ao Congresso, Barroso afirmou que mantém uma excelente relação com a Câmara e o Senado como instituições. Ele elogiou o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), descrevendo este último como uma liderança importante, extremamente civilizado e educado.

Quanto ao desempenho do STF em suas funções como instância máxima do Judiciário, Barroso ressaltou que a Corte tem prestado um serviço importante ao país na defesa da democracia, mesmo reconhecendo que, como toda instituição humana, apresenta falhas.

Ao abordar a ação do STF para conter tentativas autoritárias e golpes por parte dos bolsonaristas, o ministro afirmou que a Corte conseguiu deter o populismo autoritário, desempenhando um papel crucial na preservação da Constituição e da democracia.

Barroso concluiu destacando sua preocupação com a história, afirmando que vive para ela e não para o dia seguinte, em uma referência à volatilidade da opinião pública.

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