Camilo Santana sobre Novo Ensino Médio: “Erros na implantação desse modelo”

O ministro ressaltou o plano de atuação e as prioridades do Ministério da Educação (MEC), além de fazer um balanço dos 100 primeiros dias de governo Lula.

Camilo Santana concedeu entrevista ao Jogo do Poder | Rede Meio Norte
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O ministro da Educação, Camilo Santana, concedeu, nesta segunda-feira (10), uma entrevista aos integrantes do Jogo do Poder, do Jornal Agora, da Rede Meio Norte. Entre suas falas, o ex-governador do Ceará ressaltou o plano de atuação e as prioridades do Ministério da Educação (MEC), além de fazer um balanço dos 100 primeiros dias de governo Lula e destacar seu posicionamento a respeito do Novo Ensino Médio.

Em meio à polêmicas envolvendo o Novo Ensino Médio (NEM) e os ataques às escolas no Brasil, Santana informou que a prioridade do chamado "Lula 3" é lutar pela "união e reconstrução do país". Além disso, o ministro também citou os desafios enfrentados nos primeiros 100 dias de governo com pautas envolvendo a merenda escolar, o Novo Bolsa Família, a retomada do Mais Médicos, a nova âncora fiscal, o aumento do salário mínimo, o retorno do Minha Casa Minha Vida, entre outros pontos.

“Nós tínhamos um governo sem gestão, um desgoverno, não olhava para a educação. Ministério da Saúde que não dialogava com estados e municípios, a ciência foi deixada de lado, estamos em um recomeço. Várias políticas foram descontadas no MEC. Agora o país volta a ter reconhecimento internacional, respeito, muitas ações foram realizadas e eu nunca vi o presidente tão empolgado", iniciou Camilo Santana.

ATAQUE NAS ESCOLAS

Sobre a crescente onda de violência em torno das escolas no Brasil, Camilo Santana, adverte que os acometimentos são reflexo da sociedade atual e também fruto da intolerância impulsionada pelas redes sociais.

"O que acontece nas escolas, é um reflexo do que acontece na sociedade, claro que tem um efeito dos governos passados, mas o presidente Lula determinou que se criasse um grupo interministerial porque isso afeta em várias esferas. As relações nas redes sociais têm estimulado essa violência. É preciso nos antecipar, regulamentar as plataformas digitais, aperfeiçoar a saúde mental, o projeto Saúde nas Escolas. O ministro já reforçou a questão das rondas escolares pra proteger o ambiente escolar [...]. Sete ministérios participarão, ouviremos os ministros, especialistas, construiremos ações de mediação de conflitos e ciclos de construção de paz nas escolas", disse.

NOVO ENSINO MÉDIO

Questionado também a respeito do projeto do Novo Ensino Médio brasileiro, o ministro não fechou portas para novos diálogos. Para ele, o desafio agora é melhorar o projeto já feito e não voltar atrás. Para isso, o governo está realizando uma série de pesquisas entre estudantes e especialistas.

"Vamos abrir a discussão sobre a reforma do ensino médio que está em execução desde o ano passado. Esse projeto dá espaço para o jovem sair do ensino médio com visão profissional, direcionada, em tempo integral. Tem erros na implantação desse modelo, tem alterações a serem feitas. Estamos fazendo pesquisas. O papel do MEC nesse momento é ser juiz. Precisamos fazer todas as alterações necessárias, que a escola dê mais oportunidades e seja menos evasiva e também que esteja atualizada com o mercado atual", finalizou Camilo Santana.



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