Com abandono de aliados, Zambelli está à beira de encarar Conselho de Ética

Com a aprovação da quebra dos seus sigilos na semana passada, a deputada bolsonarista enfrenta a possibilidade de enfrentar Câmara dos Deputados

Deputada federal Carla Zambelli | Assessoria Carla Zambelli
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Após ser alvo da CPMI dos Atos Golpistas do 8 de Janeiro, que aprovou a quebra dos seus sigilos na semana passada, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) enfrenta a possibilidade de enfrentar acusações no Conselho de Ética da Câmara, de acordo com informações fornecidas por líderes do centrão e da base governista. A situação para a deputada alinhada ao bolsonarismo é considerada bastante desfavorável, uma vez que até mesmo antigos aliados a abandonaram, e parlamentares planejam apresentar novas denúncias contra ela no comitê.

A pressão contra Zambelli se intensificou após ela admitir, no início deste mês, seu envolvimento com o hacker Walter Delgatti Neto, a quem auxiliou a chegar a Brasília para um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o líder do PL, Valdemar Costa Neto, para discutir questões relacionadas às urnas eletrônicas. Após o depoimento de Delgatti à CPMI na semana passada, os parlamentares requereram e aprovaram a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático da deputada.

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Fontes ligadas à comissão informaram que não houve tentativas, mesmo por parte da oposição, incluindo membros do PL, de impedir a quebra dos sigilos de Zambelli. Quando contatados, deputados e senadores do partido evitaram comentar o assunto e afirmaram desconhecer os detalhes.

O parlamentar Domingos Sávio (PL-MG), um dos poucos aliados que saiu em defesa pública da deputada federal, argumenta que é imperativo dar o benefício da dúvida a alguém que ainda é suspeito e não foi condenado.

"Estamos vivendo um momento de caça às bruxas. Eu não tenho nada contra a quebra de sigilo. Por outro lado, o sigilo também é um direito. Além disso, ainda se está numa fase de suspeita e já se fala em Conselho de Ética. O jogo é fazer perseguição e destruir emocionalmente as pessoas", afirmou. A deputada, quando procurada, não respondeu às tentativas de contato.

Dois líderes partidários na Câmara, que são próximos ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), sob condição de anonimato, acreditam que é apenas uma questão de tempo até que o caso de Zambelli seja avaliado pelo Conselho de Ética.

Uma acusação recente contra a deputada foi arquivada no Conselho no início de agosto. Zambelli estava sendo investigada por quebra de decoro em um caso anterior, quando teria supostamente proferido palavras ofensivas ao deputado Duarte Júnior (PSB-MA). Até o momento, não houve novas denúncias apresentadas contra ela no comitê, conforme afirmou o presidente do grupo, Leur Lomanto Jr (União-BA).

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