Críticas de políticos e internautas marcam discurso de encerramento de Augusto Aras

“Abjeto, não será perdoado pela história”, assim foi descrito nas redes sociais

Augusto Aras e Jair Bolsonaro | Jorge William/Agência O Globo
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Nesta quinta-feira (21), o atual procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, que se encontra no final de seu mandato, fez um discurso durante a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), refletindo sobre seu período no cargo e enfrentando algumas das críticas que recebeu durante sua gestão.

Aras, que costuma representar o Ministério Público Federal (MPF) em julgamentos do STF, encerrará seu mandato no final deste mês. É amplamente esperado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não o reconduza ao cargo, já que a indicação do procurador-geral cabe ao chefe do Executivo.

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Durante sua gestão, que coincidiu com o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Aras enfrentou críticas por não avançar em investigações relacionadas a Bolsonaro, incluindo denúncias relacionadas à postura negacionista do ex-presidente em relação à pandemia de Covid-19.

Ao defender sua atuação no STF, Aras abordou algumas das críticas e declarou que sua gestão enfrentou "desafios, falsas narrativas e incompreensões" durante o período.

Ele enfatizou que sua atuação não foi motivada por considerações políticas. "Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda, mas garantir, dentro da ordem jurídica, que se realize justiça, liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana", afirmou.

Aras ainda citou uma frase famosa do primeiro-ministro britânico Winston Churchill ao afirmar que entregou "nada menos que sangue, suor e lágrimas" durante sua gestão.

Críticas nas redes sociais

O discurso de Augusto Aras gerou diversas reações nas redes sociais, com críticos apontando para sua atuação durante seu mandato. Alguns internautas destacaram que, durante seu período como procurador-geral, Aras arquivou 104 pedidos de impeachment contra o ex-presidente.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que Aras "não vai deixar a menor saudade" e o acusou de ser "capacho de genocida" e de "engavetar inúmeros crimes". Valente também destacou que a indicação de Aras para o cargo ocorreu fora da lista tríplice, que é uma prática tradicional no Ministério Público Federal.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) também se manifestou nas redes sociais, afirmando que a "era da infâmia na PGR (Procuradoria-Geral da República) acaba em 26/9", referindo-se à data do encerramento do mandato de Aras. Calheiros ainda fez menção a Aras tentando continuar no cargo e a sua participação em reuniões da "AAA" (Associação dos Augustos Abjetos).

A saída de Augusto Aras do cargo de procurador-geral da República marca o fim de um capítulo importante na história do MPF e levanta questões sobre a independência da instituição em relação ao Poder Executivo.

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