Delegado, que festejou morte de Marielle, enfrenta processo e teme demissão

Maurício Demétrio está sob investigação em casos como o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e extorsão a comerciantes

Ex-vereadora Marielle Franco | Reprodução
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A Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou um procedimento administrativo disciplinar (PAD) contra o delegado Maurício Demétrio Alves, que está sob investigação em casos notórios, incluindo o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e extorsão a comerciantes.

Demétrio é acusado pelo Ministério Público do Rio de vazar informações sigilosas da investigação do assassinato de Marielle, prejudicando as diligências. Além disso, o MP descobriu que um dia após a execução de Marielle, o delegado comemorou o homicídio em mensagens enviadas via WhatsApp para outro policial.

Maurício Demétrio Alves | Foto: ReproduçãoAtualmente, Demétrio está detido, acusado de liderar uma quadrilha que extorquia comerciantes. O delegado foi denunciado e preso em 2021 por supostamente receber propina de lojistas para permitir a venda de mercadorias falsificadas.

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O procedimento administrativo disciplinar foi iniciado pelo corregedor-geral da Polícia Civil do RJ, Gilberto Ribeiro, este mês, e pode resultar na demissão de Demétrio da corporação.

Em uma mensagem interceptada, datada de 15 de março de 2018, um dia após o assassinato de Marielle Franco, Demétrio escreveu para outro delegado: "O enterro da vereadora será no Caju. Mas a comemoração alguém sabe onde será?", seguido por emojis de risos do outro delegado.

Demétrio é acusado de receber propina para permitir a venda de mercadorias falsificadas, principalmente artigos de vestuário, e foi denunciado novamente em março deste ano por obstrução da Justiça durante investigações sobre um esquema de propina na delegacia que ele comandava.

O delegado esteve envolvido em várias polêmicas antes de sua prisão, incluindo a fabricação de um flagrante contra o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a criação de dossiês e acusações falsas contra desafetos dentro da Polícia Civil. Demétrio cumpre prisão preventiva no Complexo de Gericinó, em Bangu, e o processo disciplinar investiga o descumprimento de condutas previstas no Estatuto dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro e no Código de Ética da Polícia Civil.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com



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