Em busca de poder, União Brasil destrava atritos com Tarcísio, Nunes e Lula

O partido demonstra ser descompromissado com as alianças e possui relações conturbadas com outras siglas

Desejo de aumentar sua influência | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O partido de centro-direita, União Brasil, que é o terceiro maior na Câmara dos Deputados, excluindo o PL e a bancada do PT, está buscando aumentar sua influência e poder em três esferas do governo: Lula (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB).

Nas últimas semanas, a negociação de cargos em troca de apoio em votações no Legislativo, um mecanismo comum do partido do Centrão, gerou atritos com o presidente, o governador de São Paulo e o prefeito da capital paulista. No entanto, os líderes do União Brasil afirmam que esses episódios já foram resolvidos.

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Em nível nacional, a legenda conseguiu manter seu espaço na Esplanada dos Ministérios com a posse do deputado federal Celso Sabino (PA) no Ministério do Turismo. Além disso, o partido controla outros dois ministérios: Comunicações e Integração.

Lula também tem a intenção de entregar à União Brasil a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e há negociações para que o partido também possa ocupar os Correios.

Descompromisso e a busca por mais benefícios

Apesar disso, o partido se considera independente em relação ao governo Lula, não estando obrigado a garantir votos favoráveis, a menos que concorde com os projetos em questão.

Nos bastidores, membros da sigla afirmam que a ascensão de Sabino, que possui ligação com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pode ajudar a ampliar a base do governo, mas ainda há questões a serem resolvidas em relação ao diálogo e à identidade programática com o governo federal.

Em todo o país, o partido é fragmentado, sendo que a maioria de sua bancada é de direita. Cerca de metade dos 59 deputados do partido são alinhados com o governo Lula.

Em São Paulo, o União Brasil apoiou Tarcísio no segundo turno das eleições em troca de fazer parte da administração, mas na Assembleia Legislativa se declaram independentes e chegaram a contribuir para uma derrota do candidato bolsonarista no mês passado.

Na capital, o partido faz parte da base de Ricardo Nunes, mas há ameaças de apresentarem um candidato próprio à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Kim Kataguiri (SP), em vez de apoiar a reeleição do prefeito.

A bancada federal quer impulsionar a candidatura de Kataguiri para testar sua viabilidade, mas o partido é dominado por Milton Leite, presidente da Câmara Municipal, que afirma que a maior parte da legenda prefere apoiar Nunes.

A direção nacional da legenda, composta por Luciano Bivar, Antonio de Rueda e ACM Neto, deve ter a palavra final na posição do partido nas grandes cidades em 2024.

Relacionamento conturbado

Em relação ao governador de São Paulo, o partido demonstrou descontentamento na votação de um projeto de lei do governo em junho. Embora a relação com o governo tenda a melhorar, a legenda reforça a necessidade de garantir sua participação em cargos-chave.

O União Brasil busca crescer no Executivo e pretende ter candidatos em pelo menos 14 capitais nas eleições de 2024.

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