Lula alerta líderes mundiais sobre o risco nuclear de pressionar Putin

Na manhã deste domingo (21 - noite de sábado no Brasil) , o presidente Lula voltou a falar na sessão de trabalho do G7 e países convidados.

Lula discursou em Hiroshima, alertando líderes mundiais sobre o risco de pressionar Putin | Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou os líderes mundiais que estão reunidos em Hiroshima, no Japão, na reunião do G7, sobre o risco da pressão contra o russo Vladimir Putin. Para ele, o isolamento total do Kremlin poderia colocar o mundo, novamente, sob risco de armas nucleares. 

Na manhã deste domingo (21 - noite de sábado no Brasil) , o presidente Lula voltou a falar na sessão de trabalho do G7 e países convidados. Mas foi a conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, que chamou atenção dos presentes. Lula está buscando apoio para mediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e embora o francês sugira uma saída pacífica para a guerra entre Ucrânia e Rússia, o líder aponta a opinião de muitos europeus que defendem que qualquer negociação só poderia acontecer após os russos deixarem os territórios ocupados desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. 

Também há pressão para que a ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional contra Putin, por crimes de guerra, seja aprovada por todos os membros da Corte. Em março deste ano, Juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia emitiram mandados de prisão para o presidente russo por crimes de guerra em áreas ocupadas na Ucrânia. situação que distanciou, ainda mais, uma solução diplomática para a guerra.

Em seu discurso, Lula lembrou a capital japonesa como cenário para uma reflexão sobre as catastróficas consequências de conflitos entre nações. "Essa reflexão é urgente e necessária. Hoje, o risco de uma guerra nuclear está no nível mais alto desde o auge da Guerra Fria", destacou.

Para ele, o uso de armas nucleares são um grande risco da atualidade e que pode trazer dimensões muito maiores do que os ataques ocorridos em Hiroshima e Nagazaki, há 77 anos. "O mundo já não é o mesmo. Guerras nos moldes tradicionais continuam eclodindo, e vemos retrocessos preocupantes no regime de não-proliferação nuclear, que necessariamente terá que incluir a dimensão do desarmamento. As armas nucleares não são fonte de segurança, mas instrumento de extermínio em massa que nega nossa humanidade e ameaça a continuidade da vida na Terra. Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso.", destacou para as lideranças presentes.

"Tenho repetido quase à exaustão que é preciso falar da paz. Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Precisamos trabalhar para criar o espaço para negociações. Também não podemos perder de vista que os desafios à paz e à segurança que atualmente afligem o mundo vão muito além da Europa.", continuou Lula.

Para ele, se faz necessária uma "ordem multipolar", "baseada na primazia do direito internacional e na promoção do multilateralismo".

"Dividir o mundo entre Leste e Oeste ou Norte e Sul seria tão anacrônico quanto inócuo. É preciso romper com a lógica de alianças excludentes e de falsos conflitos entre civilizações. É inadiável reforçar a ideia de que a cooperação, que respeite as diferenças, é o caminho correto a seguir."

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