Lula sanciona lei de investimento bilionário na Educação de Tempo Integral

“Não se pode falar em meritocracia com educação desigual”, justificou a decisão

Recursos ampliados | Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Nesta segunda-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que estabelece o Programa Escola em Tempo Integral, com o objetivo de ampliar em 1 milhão o número de matrículas de tempo integral nas escolas de educação básica em 2023. O programa receberá um investimento de R$ 4 bilhões e tem como meta alcançar cerca de 3,2 milhões de matrículas até 2026.

Lula defende que a escola deve ser um ambiente prazeroso para os alunos e também um espaço para discutir questões urgentes e atuais da sociedade, como as mudanças climáticas. Ele enfatizou que os recursos públicos destinados à educação devem ser vistos como um investimento, não como um gasto, e destacou a importância de oferecer as mesmas condições de ensino para estudantes de escolas públicas e privadas.

Leia Mais

Como funciona

O Programa Escola em Tempo Integral será coordenado pelo Ministério da Educação (MEC) e funcionará como um mecanismo federal para fomentar financeiramente e prestar assistência técnica à expansão das matrículas nas redes estaduais, municipais e distrital. A adesão ao programa por parte das secretarias de educação é opcional.

O projeto considera não apenas a ampliação do tempo de permanência dos alunos na escola, mas também o uso adequado dos espaços internos e externos da instituição, bem como a integração de diferentes áreas do conhecimento no currículo escolar, como saúde, cultura, esporte, ciência e tecnologia, meio ambiente e direitos humanos.

Benefícios

O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou que o ensino em tempo integral traz diversos benefícios, incluindo maior chance de ingresso nas universidades, melhores oportunidades no mercado de trabalho, redução dos índices de violência entre jovens e diminuição da evasão escolar.

A criação do programa representa uma retomada da agenda nacional de ensino em tempo integral, que enfrentou carência de recursos nos últimos anos. No entanto, especialistas apontam que é necessária uma base normativa mais sólida para garantir a sustentabilidade da iniciativa no longo prazo.

A medida busca concretizar a Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a oferta de educação em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas, atendendo a pelo menos 25% dos estudantes da educação básica até 2024. O Relatório do 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE 2022 revelou que o percentual de matrículas em tempo integral na rede pública brasileira caiu de 17,6% em 2014 para 15,1% em 2021.

Lula anunciou o projeto em maio, e para viabilizá-lo, o governo enviou um projeto ao Congresso Nacional, que foi aprovado em julho. O texto também permitiu a repactuação dos recursos da Lei 14.172/2021 para fomentar a conectividade nas escolas.

Saiba mais em: Meionorte.com



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES