Persona non grata: entenda o termo usado por Israel após comparação de Lula

A polêmica teve início quando o presidente brasileiro classificou a resposta de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio” e “chacina”

Presidente Lula (PT) | Evaristo Sá/AFP
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O governo de Israel anunciou oficialmente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerado "persona non grata" no país. A decisão veio em resposta às declarações de Lula que compararam as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

O termo "persona non grata" é um instrumento jurídico nas relações internacionais, indicando que o indivíduo não é mais bem-vindo como representante oficial estrangeiro. Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional, explicou que essa designação é geralmente reservada para pessoas que representam riscos de hostilidade a um determinado país.

Baghdadi destacou que, na prática, isso significa que se Lula decidir visitar Israel, é provável que o país negue sua entrada. O especialista sugeriu que o Brasil poderia tentar amenizar a situação, afirmando que as declarações de Lula se referiam ao comportamento específico do exército israelense na Faixa de Gaza, e não à política geral de Israel. No entanto, ele expressou dúvidas de que o governo brasileiro adotaria essa abordagem.

A polêmica teve início quando Lula classificou a resposta de Israel na Faixa de Gaza como "genocídio" e "chacina", comparando-a ao Holocausto liderado pelos nazistas. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, chamou a comparação de "grave ataque antissemita" e afirmou que Lula é "persona non grata" até que peça desculpas e se retrate.

O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu anunciou a convocação do embaixador do Brasil para discutir as declarações de Lula. Ele afirmou que a comparação banaliza o extermínio de judeus e ultrapassa uma linha vermelha.

Além disso, a controvérsia também está relacionada à suspensão temporária de doações à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) por parte de países financiadores, incluindo Alemanha, EUA, Austrália e outros. A UNRWA foi acusada de envolvimento nos ataques do Hamas, acusação que a agência nega e está sendo investigada.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES