PF prende dois diretores e investiga esquema de rastreamento ilícito na Abin

A quadrilha monitorava servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas, juízes e membros do STF

Alexandre de Moraes (STF) e Jair Bolsonaro (PL) | Reprodução
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Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para investigar a conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em relação ao uso de sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial. A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cumpre 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

As suspeitas apontam que os servidores da Abin teriam utilizado sistemas de geolocalização para monitorar celulares sem a devida autorização judicial. A apuração inicial teve início em março como parte do inquérito das fake news, mantendo os detalhes sob sigilo.

Segundo informações obtidas, Moraes determinou não apenas as buscas, mas também o afastamento do cargo de diretores atuais da Abin, que permaneceram em suas funções após a troca de governo. Durante as ações, um dos diretores, Paulo Maurício, teve uma grande quantidade de dólares apreendida pela PF.

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A investigação não tem como alvos Jair Bolsonaro (PL) e Alexandre Ramagem, ex-presidente da Abin e atual deputado federal pelo PL-RJ. Dois servidores, Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky, foram presos por supostamente coagirem colegas para evitar demissões.

Os investigadores sugerem que o uso do sistema se intensificou nos últimos anos do governo Bolsonaro, sendo direcionado ilegalmente para monitorar servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas, juízes e membros do STF.

Cerca de 20 pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos, e os depoimentos simultâneos serão conduzidos à sede da PF ainda nesta sexta-feira. O software em questão, FirstMile, foi desenvolvido pela empresa israelense Cognyte e permite o monitoramento de até 10 mil celulares a cada 12 meses, sem protocolo oficial ou autorização judicial. Os investigados podem responder por crimes que incluem invasão de dispositivo informático, organização criminosa e interceptação de comunicações sem autorização judicial.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com



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