Com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) no radar, líderes do Partido Progressista (PP) comunicaram ao Palácio do Planalto que estão dispostos a assumir o comando da pasta, mesmo sem a responsabilidade pelo programa Bolsa Família.
A sinalização foi feita pelos principais membros do partido devido à resistência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entregar o ministério ao Centrão, um bloco de partidos conhecido por buscar influência e cargos em troca de apoio político, conforme já manifestado publicamente pelo atual presidente da República.
A sugestão apresentada pelos caciques do PP é que Lula transfira a gestão do programa social para outro ministério sob o controle do Partido dos Trabalhadores (PT) e, em seguida, entregue o Ministério do Desenvolvimento Social ao PP, liderado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (AL).
Para ocupar o cargo de ministro, o partido indicou o nome do deputado André Fufuca (AM), atual líder do PP na Câmara dos Deputados. O parlamentar já se reuniu com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na última terça-feira (18).
De acordo com líderes do PP, mesmo sem a responsabilidade pelo Bolsa Família, o MDS ainda se mostra uma pasta atrativa, pois ainda haveria verbas de custeio disponíveis para projetos na área da saúde, incluindo os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Por enquanto, os ministros do Palácio do Planalto afirmam que Lula ainda não tomou uma decisão sobre quais ministérios serão entregues ao Centrão. O ex-presidente retornará a Brasília nesta quinta-feira (20) após uma viagem à Europa. O cenário político continua incerto e as negociações seguem em andamento para a formação do novo governo.
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