Empresário, chefe da manipulação de jogos, comemorou firmação do esquema

Nas mensagens, ficou evidente que Fernando Neto recebeu a promessa de R$ 500 mil para forjar sua expulsão em uma partida.

Empresário, chefe da manipulação de jogos, comemorou firmação do esquema | Reprodução/Redes Sociais/MP
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Em uma troca de mensagens com outros acusados de manipulação de jogos no futebol brasileiro, o empresário Bruno Lopez, apontado como chefe do plano, é observado celebrando o alegado esquema. O Ministério Público segue com as investigações.

A mensagem foi descoberta no próprio celular do empresário, durante uma conversa com Thiago Chambó, que está sob investigação. A conversa tratava do pagamento efetuado ao jogador Fernando Neto. Nas mensagens, ficou evidente que Fernando Neto recebeu a promessa de R$ 500 mil para forjar sua expulsão em uma partida, com um adiantamento de R$ 40 mil.

"Esse cabeludo vai me deixar rico, em nome de Jesus", escreveu o empresário.

Capturas de tela revelam que, durante uma conversa com Thiago, o empresário Bruno Lopez afirmou que tudo estaria em ordem para a "operação de expulsão" de Fernando Neto durante o jogo entre Sport e Operário, válido pela Série B de 2022. De acordo com a investigação, o apostador havia acertado um pagamento de R$ 500 mil com o jogador para que ele recebesse um cartão vermelho, sendo que o atleta já havia recebido antecipadamente a quantia de R$ 40 mil antes da partida.

Durante o mesmo período, Bruno e Thiago trocaram mensagens celebrando os lucros obtidos através do esquema e discutindo a possibilidade de tirarem férias com o dinheiro recebido - Thiago: "Os meus amarelos com os seus, os meus vermelhos com os seus e 'nós quebra as banca' e entra em férias. Então só os mais fechamento." Bruno: "Fechado."

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Conforme as investigações do MP, o grupo criminoso recrutava jogadores oferecendo valores que variavam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para que eles executassem ações específicas durante as partidas. Essas ações incluíam um determinado número de faltas, receber cartões amarelos, garantir um número específico de escanteios para um dos times e até mesmo agir para a derrota da própria equipe. Com base nos resultados previamente acordados, os apostadores obtinham lucros consideráveis em diversas plataformas de apostas.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o esquema era organizado em quatro núcleos distintos: apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo. Bruno Lopez, segundo a acusação, desempenhava o papel de líder no núcleo de apostadores.

Meionorte.com



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