Haddad ganha 'queda de braço' contra STF sobre reajuste do FGTS e alivia governo

O presidente da Suprema Corte decidiu adiar a votação que busca reajustar do Fundo em 3% ao ano

Luís Roberto Barroso e Fernando Haddad (PT-SP) | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu adiar o julgamento que poderia alterar o índice de correção aplicado nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O tema, que gera preocupação no governo federal, estava inicialmente agendado para amanhã, mas foi retirado de pauta e deverá ser retomado em 8 de novembro, conforme pedido do governo.

Em uma reunião na segunda-feira, Barroso se encontrou com ministros da Fazenda, Advocacia-Geral da União, Cidades e Trabalho. O governo argumenta que o FGTS possui uma função social e que qualquer mudança teria um impacto bilionário, podendo chegar a até R$ 17 bilhões anuais no Orçamento, caso as contas dos trabalhadores sejam remuneradas mais generosamente.

Leia Mais

Segundo o STF, Barroso reiterou sua visão de que é injusto financiar habitação usando a remuneração do FGTS abaixo dos índices da caderneta de poupança. As partes concordaram em realizar mais conversas para encontrar uma solução que concilie os interesses envolvidos.

O governo saiu da reunião satisfeito, considerando que Barroso está disposto a negociar uma solução. Durante o encontro, foram apresentados dados sobre o impacto fiscal da mudança, levando em conta a delicada situação fiscal do país.

Barroso é o relator do processo movido pelo partido Solidariedade, no qual ele votou a favor de remunerar o FGTS de acordo com a caderneta de poupança. O julgamento foi interrompido em abril e deverá ser retomado em novembro após o pedido de vista do ministro Nunes Marques.

As discussões em torno do FGTS envolvem questões financeiras consideráveis, uma vez que o Fundo é remunerado a 3% ao ano mais a Taxa Referencial. Qualquer aumento na remuneração pode resultar em um impacto significativo no Orçamento do governo, levantando questões sobre políticas públicas e financiamento habitacional.

O caso envolve não apenas a possibilidade de mudança retroativa, mas também implicações significativas para programas habitacionais, como o "Minha Casa, Minha Vida". O governo busca evitar que a decisão obrigue o pagamento retroativo de defasagens acumuladas do Fundo. O STF ainda precisa definir os termos e efeitos de uma eventual mudança, com considerações sobre a legislação e os interesses dos trabalhadores e do governo federal.

Para mais informação, acesse MeioNorte.com



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES