Fisioterapeuta é condenado a 12 anos de prisão após abusar de paciente

O homem identificado como Nicanor dos Santos Modesto Júnior, foi condenado por estuprar uma paciente após procedimento cirúrgico.

Nicanor dos Santos Modesto Júnior, condenado por estuprar paciente | Reprodução - Foto: Arquivo Pessoal
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Recentemente, o fisioterapeuta identificado como Nicanor dos Santos Modesto Júnior, foi preso após um denúncia de estupro contra uma paciente, que teria realizado uma cirurgia de hérnia de disco. O caso ocorreu em um hospital localizado em São Paulo. O homem foi condenado duas vezes a cumprir uma pena de 12 anos de prisão, sendo condenado pelo crime de estupro.

A decisão da Justiça foi divulgada na última quarta-feira (30). De acordo com informações das autoridades, no total, a pena do fisioterapeuta foi totalizada em 12 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão no sistema carcerário, além de um pagamento no valor de R$ 10 mil em danos morais à vítima.

A vítima em questão não teve sua identidade revelada publicamente. Em um primeiro momento, o homem deve cumprir uma pena em regime fechado, antes de recorrer ao regime semiaberto ou aberto. Em comunicado, Renata Mahalem da Silva Teles, juíza responsável pelo caso, afirmou que o homem abusou de sua profissão para praticar tais atos, sendo algo “hediondo”.

“Sua conduta revela maior gravidade diante de sua profissão, a quem cabe o cuidado e, ao contrário, valeu-se da mesma para praticar abusos. Ademais, o crime é hediondo”, relata a juíza.

A defesa da vítima que acusou o fisioterapeuta, afirmou em entrevista ao portal UOL, que a decisão da condenação teria vindo em uma boa hora. Ocorrendo coincidentemente um pouco depois de uma denúncia parecida, feita pela atleta Lais Souza, que relatou também ter sido abusada sexualmente por sua equipe de cuidadores, enquanto a mesma passava pela recuperação de uma lesão que acabou deixando-a incapacitada.

“Vemos essa decisão como uma forma de acreditar na Justiça, considerando que a punição veio baseada na palavra da vítima e na sua vulnerabilidade, debilidade física, no momento em que essas mulheres precisam de proteção, no momento em que se encontram em extrema vulnerabilidade”, explica a advogada da vítima, Luciana Terra.

O CRIME

O caso ocorreu no início deste ano, em janeiro, quando o fisioterapeuta Nicanor dos Santos Modesto Júnior foi acusado judicialmente de ter estuprado uma de suas pacientes. A mulher em questão estava se recuperando de uma cirurgia de hérnia de disco, e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no hospital São Luiz Jabaquara, na zona sul de São Paulo.

A vítima relatou em seu depoimento a polícia, que o fisioterapeuta teria sugerido a abertura de um protocolo médico, com a intenção de cometer os abusos. No momento, a vítima conta que ele teria afirmado que melhoraria a câimbra na panturrilha, que a mesma sentia, "soltando a musculatura por dentro da vagina".

O homem teria convencido a mulher a passar por esse “procedimento”. O estupro ainda ocorreu novamente um tempo depois, dentro do mesmo hospital, até que ao relatar o ocorrido para uma outra profissional de saúde, a médica acionou as autoridades. Após a denúncia ser realizado à polícia, Nicanor desapareceu e ficou foragido da Justiça até ser encontrado, alguns meses depois, em março, no estado de Minas Gerais.

Também em depoimento ao UOL, o advogado do fisioterapeuta explicou que irá recorrer sobre a decisão da juíza, classificando a decisão como "absurda""pautada na relação midiática que a imprensa deu ao caso". 

“A gente vai apelar com certeza e sem sombra de dúvidas ao Tribunal de Justiça, onde a decisão é mais técnica e menos midiática. A gente consegue, aí, uma reversão dessa sentença”, afirma o advogado de defesa, Lucas Simões Ramos de Castro Paixão.

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