Bancada evangélica corre risco de colapsar, mas mantém silêncio sobre escândalos

A condenação do líder Silas Câmara pode desencadear na fragmentação e perda de força do grupo parlamentar

Frente Parlamentar Evangélica | David Ribeiro/Câmara dos Deputados
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Frente Parlamentar Evangélica, mais conhecida como “bancada evangélica”, composta por 50 deputados, dos quais 24 pertencem à Igreja do pastor Silas Malafaia e 14 à Igreja do bispo Edir Macedo, enfrenta uma turbulência significativa. O atual presidente da bancada, deputado federal e pastor Silas Câmara (Republicanos-AM), possui grande chance de ser condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que já formou maioria para decidir sobre gastos irregulares com aeronaves durante sua campanha eleitoral.

O julgamento em andamento indica que Silas Câmara está praticamente condenado, e a perda iminente do mandato do líder da bancada evangélica pode desencadear um esfacelamento do grupo parlamentar. O TRE destaca gastos questionáveis, enquanto denúncias de peculato, funcionários fantasmas, falsificação de documentos, transferências para empresas de assessores e investigação por corrupção eleitoral passiva pesam sobre o presidente da bancada.

Suposta “ajuda” de André Mendonça

Um dos aspectos notáveis é o adiamento supostamente estratégico do processo por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e membro da bancada evangélica. O ministro solicitou vista, adiando o julgamento até após o dia 2 de dezembro, data da prescrição do caso de rachadinha que Silas Câmara enfrentava. A decisão de Mendonça beneficia o presidente da bancada, que, ao sair impune, não responde por suas ações.

As acusações contra Silas Câmara envolvem omissões na prestação de contas e investigações relacionadas a práticas ilegais. A conduta do ministro André Mendonça, que demonstrou apoio ao pastor em sua campanha, levanta questionamentos sobre possíveis influências religiosas no meio judiciário.

Enquanto o desfecho do caso de Silas Câmara ainda é incerto, a bancada evangélica enfrenta a perspectiva de perda de representatividade e prestígio, marcando um capítulo desafiador para o grupo parlamentar durante o governo Lula. O desgaste, contudo, é atribuído às ações e omissões individuais de membros da bancada, evidenciando a necessidade de responsabilidade individual diante da justiça.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES